Adesão a vacinação contra o Papilomavírus Humano em usuários de unidades básicas de saúde do município de Ponta Grossa-PR e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pançan, Thais Dvulatk Marques lattes
Orientador(a): Müller, Erildo Vicente lattes
Banca de defesa: Cavalli, Ana Claudia Garabeli lattes, Luhm, Karin Regina lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4037
Resumo: A infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível mais prevalente nomundo.Os vírus dessa família, abrigam importantes carcinógenos humanos. A vacina contra o HPV é uma das intervenções mais efetivas para prevenção dos agravos associados a infecção peloHPV. No Brasil, a vacinação contra o HPV foi incorporada ao Programa Nacional de Imunização em 2014. Apesar de comprovada eficácia e segurança da vacina,a adesão está abaixo da meta preconizada. OBJETIVOS: Avaliar a adesão à vacina contra o HPV de crianças e adolescentes elegíveis para a vacinação nas Unidades Básicas de Saúde do município de Ponta Grossa-PR e fatores associados. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional transversal, do tipo inquérito com coleta de dados por meio de entrevistas com pais de crianças e adolescentes de 10 unidade básicas de saúde do município de Ponta Grossa/PR elegíveis a vacinação contra o HPV entre 2017- 2022. O formulário abrangeu perfil socioeconômico, conhecimento sobre o HPV e sua vacina, adesão e barreiras a vacinação contra o HPV. RESULTADOS: Foram realizados um total de 412 entrevistas. A adesão referida ao esquema completo da vacina do HPV (2 e 3 doses) foi de 50,58% entre as meninas, e de 45,98% entre os meninos. A adesão a uma única dose da vacina foi próximo a 80%. Houve associação entre faixa etária, sexo e escolaridade do informante e o desfecho. Os participantes que tinham maior conhecimento sobre o HPV e sua vacina, tiveram maiores índices de vacinação. A maioria dos entrevistados acredita que a vacina é segura e que a vacinação contra o HPV não estimularia o início da atividade sexual precoce. Dentre os entrevistados 93,2% relataram que a vacinação do HPV seria facilitada se realizada nas escolas e 83,74% que falta maior divulgação de informações sobre o HPV. CONCLUSÃO: A adesão ao esquema completo da vacina contra o HPV entre meninos e meninas no município de Ponta Grossa/PR está abaixo da meta estabelecida e abaixo das taxas encontradas no estado do Paraná. Fatores como lacunas no conhecimento, especialmente em relação à associação entre o HPV e o câncer cervical, e preocupações com a segurança da vacina, podem contribuir para as taxas de vacinação mais baixas. Estratégias para melhorar a cobertura vacinal devem se concentrar em aumentar a conscientização, fornecer informações precisas e aproveitar as escolas e os profissionais de saúde para promover e administrar a vacina de forma eficaz e, assim, reduzir o impacto do vírus na saúde pública.