Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Caroline Amélia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-23102019-143239/
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Resumo: |
Estima-se que 80% da população sexualmente ativa será acometida por pelo menos um subtipo de papilomavírus humano (HPV) em algum momento da vida, o que representa uma alta prevalência e incidência dessa infecção sexualmente transmissível (IST), principalmente em países subdesenvolvidos. O HPV é responsável pelas Neoplasias Intraepiteliais Cervicais (NIC) de alto grau e do câncer cervical, que constituem um problema relevante para a saúde pública global, cursando com elevado ônus psicossocial e econômico aos pacientes, familiares e aos sistemas de saúde. Entretanto, a progressão ao câncer cervical pode ser evitada pela administração de vacinas terapêuticas que utilizam as principais oncoproteínas responsáveis pelo seu desenvolvimento, na tentativa de desencadear uma resposta imunológica mais específica e eficaz contra essa patologia. Atualmente, os tratamentos disponíveis para as neoplasias estão associados a morbidades para a paciente, relacionadas principalmente com o perfil reprodutivo e a recorrência da lesão, demonstrando a necessidade de terapias seguras e efetivas. O objetivo desse estudo foi sintetizar e avaliar criticamente as evidências científicas oriundas de estudos experimentais sobre a segurança, eficácia, e imunogenicidade de vacinas terapêuticas no tratamento de pacientes com NIC de alto grau associadas ao HPV. Realizou-se uma revisão sistemática de ensaios clínicos guiada pelas recomendac?o?es da Cochrane Collaboration. A estratégia de busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas MEDLINE, Embase, CENTRAL Cochrane, Web of Science, LILACS e Scopus, sem restrição de data e de idioma. Obteve-se a aprovação/publicação do resgistro do protocolo desta revisão na International Prospective Register of Systematic Reviews-PROSPERO/NHS sob o número CRD42017077428. Os desfechos primários incluíram a segurança, eficácia e imunogenicidade das vacinas terapêuticas testadas em pacientes com NIC 2/3. Para a avaliação metodológica dos estudos, utilizamos a ferramenta de Risco-de-Viés da Cochrane para ensaios clínicos randomizados (ECR) e a ferramenta ROBINS-I (Risk-of-Bias In Non- Randomized Studies) para avaliação dos ensaios clínicos não randomizados. Foram identificados 1.184 estudos, sendo 15 selecionados e analisados. Verificou-se que, a confiabilidade dos resultados pode ser questionada, principalmente, pelo alto risco de vie?s observado em 80% dos estudos avaliados pela ferramenta da Cochrane e em 90,9% dos ensaios avaliados pela ROBINS-I, evidenciado principalmente pelos viéses de seleção e de performance presentes nos estudos. De modo geral, as vacinas terapêuticas mostraram-se heterogêneas quanto à sua formulação, dose, protocolo de intervenção e vias de administração. Na maioria dos estudos (93,3%) as vacinas apresentaramse seguras e bem toleradas, com eficácia clínica observada em 93,3% à partir da regressão das lesões, regressão histopatológica e/ou depuração viral. Adicionalmente, 73,3% dos estudos apresentaram respostas imunológicas favoráveis contra o HPV e 54,5% apresentaram correlação positiva entre imunogenicidade e resposta clínica, indicando resultados promissores que merecem maior investigação. Vacinas terapêuticas, apesar de urgentes, ainda apresentam barreiras a serem superadas antes de estarem disponíveis para a população, necessitando de maiores investimentos em ECR de fase III bem delineados de modo a beneficiar pacientes com NICs de alto grau, evitando assim sua progressão para o câncer cervical, de modo a melhorar os desfechos em saúde com impacto positivo nas taxas de sobrevida e na qualidade de vida dessas pacientes |