A saúde mental dos estudantes em tempos neoliberais: estudo dos projetos desenvolvidos pelas universidades públicas brasileiras
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22964 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo principal analisar as estratégias institucionais de identificação e enfrentamento às condições que interferem na saúde mental dos alunos do ensino superior público implementadas pelas universidades públicas brasileiras no período de 2010 até 2022. Para tal, foi necessário compreender como a racionalidade neoliberal provoca mudanças na organização da educação superior brasileira e na saúde mental discente. Entende-se que essa nova racionalidade interfere nas relações entre as pessoas e de como o sujeito lida consigo mesmo. Há um ambiente de competição que resulta em constante cobrança por melhor desempenho e resultados, que acarreta num ambiente de competição e individualismo, e, por consequência, no rompimento de laços de solidariedade e cooperação. Isso no contexto de mudanças impostas pela universidade acentua o sofrimento dos jovens. A pesquisa tem como arcabouço teórico autores que discutem o neoliberalismo e suas consequências na organização da educação superior brasileira, optando por autores voltados para teoria crítica. Em Laval e Dardot (2016) buscou-se reflexões acerca do neoliberalismo enquanto racionalidade. Para subsidiar a discussão sobre a educação pública brasileira no contexto do neoliberalismo, utilizou-se Florestan Fernandes (1975), Deise Mancebo (1998), Heribaldo Maia (2022) e Marilena Chauí (2003). Os pesquisadores Janet Newman e John Clarke (2012) foram referenciados para compreensão do gerencialismo, para compreender seus rebatimentos nas instituições de ensino superior. Busca-se referências nas formulações das categorias teóricas: neoliberalismo, gerencialismo, universidade pública e produtivismo acadêmico. No que se refere à metodologia, trata-se de pesquisa exploratória, no qual a pesquisa se constitui a partir da análise bibliográfica das produções teóricas relacionadas ao objeto de estudo, assim como na realização de levantamento de produções relativas à temática da pesquisa junto a base de dados Scielo e CAPES. Na pesquisa documental, a investigação analisa os dados e documentos oficiais disponíveis nos sítios institucionais, para isso, foram analisados os 76 (setenta e seis) projetos voltados para saúde mental discente desenvolvidos pelas 113 (cento e treze) universidades públicas existentes no país. Como principais resultados destaca-se que as universidades vêm apresentando número crescente de estudos e atividades voltadas para saúde mental discente, sobretudo em decorrência da pandemia de COVID- 19, porém não traz nas suas atividades uma crítica ou análise de como seu modo de funcionamento é baseado na lógica produtivista. |