Arquitetura Sedimentar e Evolução Deposicional da Baía de Sepetiba (RJ) durante o Pleistoceno Superior-Holoceno (últimos ~130 ka)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Guilherme Amendola dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20670
Resumo: A Baía de Sepetiba, situada na costa oeste do estado do Rio de Janeiro, consiste em um embaiamento dominado por condições estuarinas, com contato limitado com o oceano aberto, devido à presença da Restinga da Marambaia - uma ilha-barreira de cerca de 40 km de comprimento. O presente estudo visa o detalhamento da evolução sedimentar e estratigráfica das unidades deposicionais de preenchimento da baía de Sepetiba, baseado: na análise de unidades sísmicas e sismofácies de cerca de 800 km de linhas sísmicas de alta resolução coletadas na região (fonte sísmica boomer de 100J); e, na correlação com os estágios de evolução sedimentar e paleogeográfica da restinga da Marambaia recentemente identificados e datados; e ainda na correlação com o resultados de estudos anteriores realizados na plataforma continental fluminense. A integração dos resultados das análises sísmicas com resultados de estudos prévios realizados na região revela uma série de novas informações sobre a evolução estratigráfica e paleogeográfica do sistema estuarino de Sepetiba, que se instalou durante a última transgressão marinha Pleistoceno Tardio-Holoceno que afogou progressivamente a região (últimos ~20 ka), tais como: (i) a existência de um paleosistema fluvial bastante desenvolvido, constituído de quatro canais fluviais principais (canais C1 a C4), esculpidos durante a erosão regional que afetou a área entre os estágios isotópicos MIS5e-MIS2. Esse paleosistema fluvial cruza a área da atual restinga da Marambaia e está diretamente conectado gradiente abaixo a uma rede de paleodrenagem fluvial preservada na plataforma adjacente. O sistema de paleodrenagem, hoje soterrado, é espacialmente relacionável aos rios da atual bacia de drenagem da região de Sepetiba; (ii) a existência de uma sucessão sedimentar transgressiva e de mar alto, com até ~30 m de espessura, composta por quatro unidades sedimentares (U2-U5). Tal sucessão sedimentar testemunha a implantação de condições estuarinas na baía de Sepetiba, que evoluiu de um sistema estuarino aberto em direta conexão com o mar (deposição da unidade U2), para condições estuarinas progressivamente mais isoladas (deposição das unidades U3 e U4 entre ~8,0-7,5 ka A.P.), até atingir uma configuração de ambiente estuarino de baixa energia sem conexão com o mar (deposição da unidade U5 a partir de~ 5,8 ky A.P.), similar às condições do sistema deposicional atual. Os ambientes estuarinos revelados progressivamente mais isolados, como indicado pelas Unidades U2-U5, estão diretamente correlacionados às diferentes fases de construção e fechamento da restinga da Marambaia.