Estudo tafonômico de vertebrados terrestres da Formação Açu (Albiano -Cenomaniano da Bacia Potiguar), Nordeste do Brasil
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19825 |
Resumo: | A Bacia Potiguar é conhecida paleontologicamente desde o século XIX por seus afloramentos da Formação Jandaíra, mas muito pouco se conhecia de outras formações. Por meio de pesquisas recentes na Formação Açu (unidade operacional 4), pesquisadores coletaram fósseis de vertebrados de grande porte, identificados como dinossauros, com associação a peixes e crocodiliformes. Devido a isso, esse trabalho tem como objetivo descrever e interpretar, pela primeira vez, assinaturas tafonômicas macro e microscópicas de alguns pontos específicos da área aflorante. O material analisado consiste em 142 espécimes, e sua maior parte é composta por vértebras e ossos longos. Os fósseis estão tombados na Coleção de Paleontologia do Departamento de Geologia (DEGEO), Instituto de Geociências (IGEO), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foram utilizados três pontos de coleta denominados de Ponto 1.1, Ponto 1.2 e Ponto 2.3. Foram avaliados as seguintes feições macroscópicas: (A) articulação e fragmentação; (B) representatividade óssea; (C) equivalência hidráulica; (D) padrões de quebra; (E) marcas de intemperismo; (F) abrasão; (G) marcas de pisoteio; (H) bioerosão causada por invertebrados; (I) marcas de raízes e (J) padrões de coloração. Para análise microscópicas, foram analisadas: (A) índice histológico; (B) taxa de preenchimento; (C) taxa de substituição; (D) fraturamento. Todos os espécimes apresentaram-se desarticulados. A análise de transportabilidade por FTI indica uma assembleia periférica pelo predomínio do Grupo I (53,45%), sendo 50% de vértebras. Em relação à abrasão, 34% apresentam abrasão e 32% abrasão moderada, sugerindo moderado transporte. Há uma prevalência do grau 2 de intemperismo (40%), sugerindo moderada exposição subaérea. A presença de bioerosão por insetos e marcas de dentes reforçam que houve exposição subaérea. Há presença de fósseis com marcas de raízes, mostrando que houve presença de vegetação no local do soterramento. A análise das lâminas petrográficas mostrou altas taxas de substituição por carbonato de cálcio e óxido de ferro, assim como o preenchimento dos ósteons, além de elevadas taxas de fraturamento por intemperismo físico relacionado a ressecamento. Somando, os dados bioestratinômicos e fossildiagenéticos, indicam um ambiente úmido com momentos de baixa pluviosidade, mostrando que há diferenças entre os pontos mas correspondem ao mesmo ambiente tafonômico. |