As bordas vão falar, e numa boa: os saberes orgânicos urgentes dos povos tradicionais, a partir do encontro com uma quilombola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Beatriz Mota
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19320
Resumo: Este trabalho evoca a sabedoria orgânica dos povos tradicionais e originários brasileiros para tratar da urgência de uma revolução epistemológica e atitudinal na nossa sociedade. Com abordagem e investimento em uma metodologia outra, suscita a autodecolonização, a decolonização e o antirracismo como práticas insurgentes. Parte do encontro com Emília Costa, uma quilombola e pedagoga maranhense, para debater os não/entre-lugares dos corpos subalternizados e a inserção quase invisível dessas pessoas nos espaços de saber; rememora os fatos históricos que configuraram o genocídio e epistemicídio ainda em curso; celebra e abre clareira para conhecimentos outros, mergulhando em conceitos da biointeração e confluências (NÊGO BISPO, 2015), refletindo também sobre as fronteiras e limites dos encontros entre os saberes tradicionais e os hegemônicos. Por fim, pela perspectiva da pessoa da pesquisa, apresenta os modos de viver e de saber do Quilombo Santo Antônio do Costa, no município de São Luís Gonzaga, no Maranhão: suas práticas de comunhão, luta e feminismos, discutindo também a operação entre direitos e desejos na demanda educacional nos territórios quilombolas. O quilombola Nêgo Bispo e o indígena Ailton Krenak são coautores fundamentais para a construção dessa pesquisa, bem como outras pensadoras afrodiaspóricas.