Análise da osteogênese e incorporação óssea em enxertos ósseos humanos celularizados com células-tronco mesenquimais para aumento mandibular em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fraga, Samira Regina Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19556
Resumo: O uso de enxerto ósseo alógeno representa uma boa alternativa ao osso autógeno para a reconstrução dos maxilares, pois diminui o tempo e trauma cirúrgico, com ausência de dor e desconforto em um segundo sítio doador, tem uma disponibilidade ilimitada, baixo potencial antigênico e capacidade de osteocondução. No entanto, exibe uma capacidade osteoindutora reduzida, incorporação mais lenta ao osso hospedeiro e maior reabsorção volumétrica. Alguns estudos têm tentado aprimorar os aloenxertos com células-tronco mesenquimais (CTMs) da medula óssea, resultando em maior volume de neoformação óssea em menor tempo. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial de osteogênese e incorporação de enxertos ósseos humanos celularizados com CTMs, enxertados na mandíbula de ratos, e comparar com o uso de enxertos ósseos humanos não-celularizados. Vinte ratos nude foram alocados em dois grupos: o grupo teste recebeu chips ósseos humanos celularizados e o grupo controle recebeu as mesmas micropartículas ósseas, porém sem células. Cinco animais de cada grupo foram eutanasiados com 4 semanas e os outros cinco, com 8 semanas. Os resultados foram analisados por microtomografia computadorizada (micro-TC), histologia, histomorfometria e imuno-histoquímica. Análises por micro-TC demonstraram ganho de volume ósseo significativamente maior no grupo celularizado do que no grupo não-celularizado com 4 semanas (34,97 ± 4,97mm3 vs 12,43 ± 2,53 mm3; p<0,001) e com 8 semanas (48,59 ± 3,99 mm3 vs 35,18 ± 4,98 mm3; p=0,002). A análise histomorfométrica mostrou que a porcentagem de osso neoformado foi significativamente maior no grupo celularizado que no grupo não-celularizado com 4 semanas (42,48 ± 5,38% vs 3,96 ± 2,83%; p<0,001) e com 8 semanas (48,40 ± 6,75% vs 23,01 ± 8,48%; p<0,001). Os resultados imuno-histoquímicos mostraram índices de positividade dos anticorpos anti-OCN, anti-OPN, anti-COL I e anti-TRAP significativamente maiores nos enxertos celularizados do que nos enxertos não-celularizados. Os parâmetros avaliados sugerem que o conteúdo celular presente nos enxertos ósseos para aumento mandibular em ratos promoveu uma formação óssea precoce e eficiente, com uma maior taxa de incorporação e remodelação óssea.