Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Pedro Henrique de Azambuja |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193560
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Resumo: |
Este trabalho teve por objetivo avaliar o comportamento do osso bovino desproteinizado em bloco (DBBM), na reconstrução horizontal de maxila atrófica, em comparação com bloco de osso autógeno do ramo mandibular (AB). As etapas e resultados estão aqui apresentadas na forma de quatro artigos científicos, o primeiro uma revisão sistemática acerca do uso de enxertos ósseos heterógenos para aumento horizontal de rebordo, o segundo e o terceiro com resultados do ensaio clínico randomizado em humanos, e o quarto a avaliação morfológica e laboratorial do material testado. Foram selecionados 12 pacientes com edentulismo total da maxila, sem comprometimento sistêmico, maiores de 18 anos e rebordo remanescente com espessura mínima de 2mm e altura mínima de 10 mm, excluídos os fumantes, irradiados ou em tratamento com medicações que alteram o metabolismo ósseo. As reconstruções ósseas horizontais foram realizadas com DBBM ou AB, aleatoriamente distribuídos em modelo de boca dividida. Tomografias de feixe cônico e medidas transoperatórias da espessura do rebordo foram realizadas em três momentos: inicial (T0), imediatamente após a enxertia óssea (T1) e prévio a instalação de implantes (T2). Após nove meses, os pacientes foram submetidos a reabertura dos sítios enxertados para a instalação de implantes, nos quais foram aferidos os valores do torque de inserção e coeficiente de estabilidade inicial (ISQ), biópsias foram obtidas das áreas enxertadas para avaliação histológica e microtomográfica. Para análise laboratorial as amostras foram submetidas a avaliação ex-vivo e de potencial pro-inflamatório em cultura celular de osteoblastos humanos. A instalação de implantes foi possível em todos os sítios enxertados, 5 pacientes apresentaram uma ou mais complicações no leito receptor (AB:3; DBBM:2), sendo as principais: deiscência da ferida e exposição de membrana e/ou enxerto. O ganho de volume não foi diferente entre os grupos, mas a reabsorção média em porcentagem foi menor no grupo AB: (10.83% ± 8.23 vs. 16.73% ± 8,01). O torque de instalação e ISQ não apresentaram diferença estatística entre os grupos. Nos parâmetros microtomográficos, a superfície óssea foi menor no grupo AB: (12,01 ± 2,16 vs. 14.69 ± 2,66) enquanto a espessura de trabécula foi maior (0.5 ± 0.33mm vs. 0.28 ± 0.04mm), A quantidade de tecido mineralizado foi maior no grupo AB, mas não houve diferença para a área de tecido mole e de osso vital nos cortes histológicos. Na análise ex-vivo foram identificados remanescentes orgânicos e celulares, no entanto o DBBM testado não alterou a expressão de citocinas pró infamatórias dos osteoblastos in-vitro. Como conclusão, no presente estudo os enxertos de osso bovino em bloco apresentaram comportamento clínico, tomográfico e histológico semelhante ao osso autógeno para os parâmetros avaliados, além de não estimular a expressão de citocinas pró-inflamatórias em osteoblastos. |