Ontologia histórica das práticas pedagógicas de Engenheiro Paulo de Frontin RJ
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14714 |
Resumo: | A presente tese tem como objetivo a análise das práticas de um psicólogo nas escolas de Engenheiro Paulo de Frontin RJ, baseada nas relações entre o tempo presente e o passado ressonante das práticas pedagógicas da antiga Escola Rodolfo Fuchs - ERF, um internato-escola técnica da Fundação Abrigo do Cristo Redentor FACR, criado na Era Vargas e extinto em 1997. O quadro teórico é composto fundamentalmente pelos conceitos de segurança (Foucault, Castel, Gros), tutela (Scheinvar, Zaffaroni, Donzelot), devir (Deleuze; Deleuze&Guattari) e guerra civil (Foucault, Passetti, Pelbart, Alliez&Lazzarato). No que tange à metodologia faz-se uma ontologia histórica do presente de nós mesmos na esteira da proposta de Michel Foucault de conciliar os eixos de pesquisa das relações de saber-poder com os da ética e da liberdade. Dois passos constituíram o método: (1) Os diários de campo do trabalho psicológico e (2) as entrevistas com integrantes da ERF em diversas localidades em bairros da capital e do interior do Rio. Definido como a intensificação da rotatividade de transferências de crianças e jovens entre a ERF e outros internatos, e entre estes e as prisões de adolescentes a partir do convênio de financiamento com a FUNABEM em 1971, temos o marco histórico da entrada do orfanato na Política Nacional para o Bem-Estar do Menor, e no sistema de poder da ditadura de 1964 no Brasil. Divisa a partir da qual se põe em questão uma atitude de modernidade, com o acoplamento dos paradigmas da disciplina (e do confinamento) e o da segurança para se pensar o presente de setorização das políticas públicas de educação, e da égide da medicalização-judicialização como instituições de segurança. Interrogando a multiplicidade dos sentidos de formação humana da Rodolfo Fuchs e a sua alcunha popular de reformatório, explora-se um dispositivo reformatório que nos aponta linhas de um dispositivo pré-crime e de um devir-órfão como paradoxos de ponte e ruptura com o velho internamento (e a disciplina), hoje agonizantes |