Democracias Espectrais: uma abordagem a partir de Jacques Derrida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moraes, Marcelo José Derzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12149
Resumo: A nossa tese tem o intuito de apresentar o caráter espectral da democracia a partir do filósofo franco argelino Jacques Derrida. Com a compreensão do aspecto espectral da democracia, podemos entender porque a democracia consegue, em sua estrutura, ser ao mesmo tempo violenta e acolhedora, fechada e aberta ao outro. Ademais, veremos que essa espectralidade é movida pela força da repetição, possibilitando que a democracia se repita e aconteça, sempre trazendo coisas antigas, mas também, trazendo algo de novo e estranho. A espectralidade da democracia permite a entendermos a partir do seu por vir, que Derrida irá denominar democracia por vir. Na possibilidade do por vir da democracia encontramos as condições de possibilidade de uma sociedade mais justa, pois a espectralidade permite que se abalem as estruturas edificadas que bloqueiam a realização democrática. Nesse sentido, pelo viés da desconstrução podemos repensar alguns pontos da história da filosofia e abri-los aos devires do que foi recalcado e mesmo reprimido pela filosofia europeia, a saber, o negro, e a África. Assim, iremos mostrar a violência promovida pelo Ocidente, ao longo da história, com a inferiorização e o epistemicídio do negro e da cultura africana. Além disso, apresentaremos a democracia como um espaço de violência no qual, por mais que haja políticas de afirmação e leis que assegurem os direitos do negro, o negro é a sua maior vítima, sendo reprimido e assassinado pelo direito e pela polícia de Estado. Apresentados esses pontos, diante da abertura possibilitada pela desconstrução, vamos trazer à baila a filosofia ubuntu enquanto uma ética de resistência à violência promovida pela filosofia em relação aos povos africanos. Para finalizar, vamos apresentar a filosofia ubuntu africana como uma outra possibilidade de escrever a democracia.