Possíveis fatores de risco para reabsorção radicular apical externa após tratamento ortodôntico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fernandes, Luciana Quintanilha Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14232
Resumo: A reabsorção radicular apical externa (RRAE) é uma condição que reduz permanentemente o tamanho da raiz dentária e é observada com relativa frequência após o tratamento ortodôntico. O objetivo deste trabalho foi identificar possíveis fatores associados com a ocorrência da RRAE em pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico (sexo, idade, raça, forma e tamanho da raiz, características da má oclusão, duração e tipo de tratamento ortodôntico). Para isto, foram selecionadas radiografias periapicais de 2173 incisivos centrais e laterais superiores de 564 pacientes em fase de contenção tratados com aparelhagem fixa em três diferentes instituições brasileiras (UERJ, PUC Minas e UFMG). As medições foram realizadas por 2 examinadores e foram considerados reabsorvidos os dentes que, ao final do tratamento ortodôntico, apresentaram RRAE maior do que 2 mm. Foi realizado o teste kappa para avaliar a reprodutibilidade intra e interexaminador. A associação entre RRAE e os fatores avaliados foi realizada através de regressão logística binária múltipla. Razão de chance (OR) e intervalo de confiança de 95% foram relatados. Foi observado que incisivos laterais apresentaram mais chances de apresentar RRAE maior que 2 mm (OR = 1,54; p = < 0,001), assim como transpasse horizontal aumentado (OR = 1,58; p = 0,012), tratamento com extrações (OR = 1,70; p = 0,004), raiz dilacerada (OR = 2,26; p = < 0,001) e raízes mais longas (OR = 1,29; p = < 0,001). Os pacientes menos propensos à RRAE foram aqueles que realizaram tratamento em 2 fases (OR = 0,59; p = 0,037), assim como pacientes portadores de sobremordida exagerada (OR = 0,67; p = 0,039). Portanto, a morfologia radicular e os fatores estudados por este trabalho relacionados com a quantidade de deslocamento radicular foram fatores de risco para RRAE após tratamento ortodôntico