Desigualdades múltiplas e o direito à cidade: uma análise sob a ótica da redistribuição e reconhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gonçalves, Nathalia Assmann
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Direito
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9444
Resumo: Na presente pesquisa, serão abordados os desafios que envolvem a construção de cidades mais inclusivas. Para tanto, serão abordadas as perspectivas e dimensões da justiça social através da teoria de Nancy Fraser, em razão da complexidade que as desigualdades e injustiças urbanas apresentam, na medida em que estruturam o modo como o ambiente urbano é reproduzido. Será destacada a necessidade de aliar a questão da redistribuição econômica com o reconhecimento das circunstâncias histórico socioculturais de exclusão e negação de direitos, principalmente por questões de gênero e/ou raça, analisado sob o espectro da paridade participativa. Dentro dessa chave de compreensão, serão trabalhadas as Políticas urbanas brasileiras e o desafio do Direito à cidade frente às múltiplas faces da desigualdade social. Será trabalhada a idéia de que a igualdade e um maior acesso às cidades não se alcançará somente pela redistribuição econômica, mas também pelo reconhecimento das diferenças construídas historicamente. Nesse sentido, o direito à cidade se coloca como um direito humano na medida em que se relaciona diretamente com a concepção de vida digna e de uma busca por mais igualdade nas relações sociais, sejam elas econômicas, de gênero ou raça. Por essa razão, será destacada a força coletiva de reivindicação dos movimentos sociais e o seu papel frente aos fenômenos de remoção e gentrificação. Portanto, o direito humano à cidade pode ser um objeto de disputa que depende ativamente da ação dos atores sociais no exercício desse direito que na teoria e na prática é de todos e todas.