A Política Nacional de Atenção Básica 2017: repercussões nas práticas de saúde de enfermeiros e agentes comunitários de saúde
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18637 |
Resumo: | Esta tese teve como objeto as repercussões nas práticas de saúde de Enfermeiros e Agentes Comunitários de Saúde do município do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro a partir da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) implementada no ano de 2017. Possui como objetivo geral analisar asrepercussões da Política Nacional de Atenção Básica de 2017 nas práticas dos trabalhadores enfermeiros e agentes comunitários de saúde do município do Rio de Janeiro/RJ, considerando as políticas voltadas para a Atenção Primária à Saúde e a gestão de saúde do município.Defendemos a tese que “As práticas de saúde dos enfermeiros e agentes comunitários de saúde na Atenção Primária à Saúde foram descaracterizadas pela Política Nacional de Atenção Básica 2017, interferindo e desconstruindo o perfil de competências desses profissionais”.Trata-se de uma investigação com abordagem mista apoiada no referencial teórico do materialismo histórico e dialético. Participaram do estudoenfermeiros e agentes comunitários de saúde das Unidades de Atenção Primária constituídas por equipes de Saúde de Família da AP 3.1, região Metropolitana I, município do Rio de Janeiro (RJ). A coleta dos dados foi realizada entre os meses de agosto de 2020 a abril de 2021 por meio de formulários online e entrevistaspor videoconferência. Para o tratamento dos dados quantitativos foi utilizado o pacote estatístico StatisticalPackage for the Social Science versão 23. Os dados quantitativos foram analisados e receberam os seguintes tratamentos estatístico: análise univariada a partir da estatística descritiva, com valores brutos e percentuais;verificação da Média, Mediana e Desvio Padrão. Foram aplicados os testes de normalidade Kolmogorov-Smirnova e Shapiro-Wilk para direcionar a escolha dos testes (paramétricos ou não paramétricos). Os dados qualitativos foram submetidos à luz da análise de conteúdo temática e emergiram três categorias temáticas: 1- As alterações estruturais e funcionais da Atenção Primária à Saúde;2- As implicações da reestruturação do processo de trabalho, atribuições e organização do agente comunitário de saúde na Atenção Primária à Saúde e 3- A PNAB 2017 e suas repercussões para os usuários e para o modelo Estratégia Saúde da Família.Na identificação das alteraçõesque repercutiram nas suas práticas de saúde, para os ACS, observamos as tendências negativas de repercussão sendo o financiamento de outras modalidades de equipe de APS, o ACS como facultativo nessas equipese a vinculação do usuário em outras unidades de saúde. Com tendências positivas de repercussão nas práticas, encontramos o critério de formação de ensino superior e preferencialmente da área de saúde aos gerentes das Unidades Básicas, a mudança da nomenclatura do NASF para NASF-AB e a oferta de serviços essenciais e ampliados. Para os enfermeiros, encontramos os mesmos resultados com tendências de repercussões negativas. Nas avaliações das tendências positivas emergiram o reconhecimento da figura do gerente e seus critérios para ocupação no cargo. A partir deste estudo, confirmou-se a tese de que a PNAB 2017promoveu importantes mudanças na organização dos serviços, nos processos de trabalho, nas atribuições dos profissionais, apresentando repercussões negativas nas práticas de saúde dos enfermeiros e ACS. |