Despotismo e retórica no Reverbero Constitucional Fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Lucas Cabral da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18405
Resumo: O presente trabalho pretende analisar a ação discursiva de um periódico que buscou reverberar princípios constitucionais entre o público-leitor fluminense. Almejava-se o estabelecimento de uma monarquia representativa constitucional, em condenação a qualquer possibilidade de despotismo, fosse o antigo, mimetizado no governo absolutista, fosse no que veio a se tornar, naquela conjuntura, o “novo despotismo”. A propagação de princípios constitucionais e da instauração do regime representativo, da “nova Religião Política”, foi realizada em partilha na edição do Reverbero, entre Januário da Cunha Barbosa e Joaquim Gonçalves Ledo. A publicização do pensamento político destas duas figuras, cada qual com sua retórica, influiu nos acontecimentos políticos da Independência, persuadindo e mobilizando a opinião pública, cuja consequência, entre outras, foi a eleição de Gonçalves Ledo como deputado para a Assembleia Brasílica e, posteriormente, a devassa que os perseguiu. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi necessário não somente a busca por outros periódicos, mas um conjunto de panfletos que permitisse a compreensão de determinados conceitos centrais ou que demonstrasse distintas percepções políticas do período. No intuito de compreender quais mecanismos foram utilizados para a construção do discurso político, não se descartaram algumas fontes referentes à retórica. Além disso, a retórica, como importante técnica para a operacionalização do discurso político, permitiu-os a construção de um veículo que não apenas principiou na luta pela Regeneração do reino português por meio do constitucionalismo liberal, mas divulgou, em idos de 1822, e em situação de conflito civil com o Congresso de Lisboa, uma linguagem separatista.