Efeitos da perda e fragmentação de habitat sobre a biodiversidade: uma busca por padrões, mecanismos e modelos aplicados à conservação
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20491 |
Resumo: | A crise da biodiversidade encontra-se alarmante, com perda global de mais de metade das populações das espécies entre 1970 e 2018, e considera-se que uma das suas principais causas são os processos combinados de perda e fragmentação de habitat. Hipóteses como a Hipótese da Quantidade de Habitat (HQH), a existência de limiares na resposta das comunidades biológicas à perda de habitat, e o debate do SLOSS (“sigle large or several small”) foram desenvolvidas para tentar compreender melhor a influência relativa da perda e fragmentação de habitat sobre a estruturação de comunidades em paisagens fragmentadas. Embora a resolução dessas hipóteses seja urgente para a conservação, elas ainda não foram completamente elucidadas. O objetivo geral deste trabalho é investigar os efeitos da perda e fragmentação de habitat sobre a biodiversidade na busca por padrões, mecanismos explicativos e, finalmente, modelos aplicados à conservação. Permeando cada uma das hipóteses citadas anteriormente, estruturamos o trabalho da seguinte forma: Capítulo 1) uma extensa síntese analítica global que quantifica a variação da riqueza de espécies em relação à quantidade de habitat na paisagem; Capítulo 2) um estudo de caso que propõe aplicar os padrões detectados no Capítulo 1 a Áreas de Proteção (APs) globais que potencialmente sofreram redução da sua área original nas últimas décadas devido a mudanças legais, e analisar os fatores socioeconômicos motivadores destas e de outras mudanças legais em APs; Capítulo 3) compreender os desafios metodológicos relacionados ao debate do SLOSS. Nossos resultados indicam que: i) há sim um efeito geral positivo da quantidade de habitat sobre a riqueza de comunidades globalmente, mas há muita variabilidade nesse efeito entre comunidades e paisagens; ii) trabalhar com um limiar de 30% na quantidade de habitat, embora com aplicabilidade restrita, é um bom primeiro passo para a conservação das espécies; iii) a redução de área promulgada para APs no mundo pode causar uma perda potencial média de 394 espécies de vertebrados por AP, com uma vulnerabilidade de vertebrados em APs maior em regiões tropicais devido a atividades de alto impacto modificador da paisagem; iv) o viés amostral e a própria distribuição espacial da riqueza de espécies em uma paisagem possuem influência determinante na maximização da biodiversidade dentro do debate do SLOSS. Esperamos apoiar tomadores de decisão de maneira mais decisiva com estes resultados, contribuindo para que grandes agendas globais de proteção às espécies e ecossistemas atinjam, de fato, seus objetivos propostos. |