Estudo comparativo da família Calliphoridae em área de mangue e em área peri-urbana desmatada no município de Itaboraí, RJ, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, José Antonio Batista da lattes
Orientador(a): Moya Borja, Gonzalo Efrain lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10877
Resumo: O levantamento dos Diptera Calliphoridae na Área de Proteção Ambiental de Guapi- Mirim, se destinou a identificar as espécies existentes na área, e ainda quantificar as predominantes, capacitando através do presente estudo fazer uma análise comparativa com a entomofauna da mesma família com uma área peri-urbana desmatada no mesmo município. Todos os espécimens foram coletados em duas áreas distintas, afastadas 4440 metros uma da outra em linha reta, sendo uma delas a APA (Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim), localizada no Fundo da Baia de Guanabara , nos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Guapimirim e Magé e situada geograficamente nas coordenadas S 220 39 30 - 220 46 50 de latitude e W 420 57 00 - 430 06 40 longitude, no estado do Rio de Janeiro apresentando uma área total de 138,25 Km2 , onde 61,80 Km2 correspondem aos manguezais, que ocupam a faixa costeira dos municípios citados. A outra, um bairro na área rural que tem sofrido desmatamento contínuo para construção de novas residências conhecido como Morada do Sol. Durante 12 meses, de março de 2007 a fevereiro de 2008, foram realizadas 24 coletas, uma a cada 15 dias. Em todas as capturas, foram utilizadas armadilhas confeccionadas em recipiente plástico com 35 cm de altura e 15 cm de diâmetro. Na parte inferior, revestida por material plástico preto, foram feitas quatro aberturas. A parte superior foi separada da inferior por um funil plástico, para permitir que o inseto que alcançasse o fundo do recipiente para abordagem da isca, pudesse passar para a parte superior, ficando impedido de voltar. As armadilhas foram suspensas a uma altura de 1,20 m do solo contendo 100g de isca de peixe (sardinha) em decomposição. Após cada captura, todos os espécimens foram acondicionados em potes plásticos, contendo etanol a 70% e encaminhados ao Laboratório de Eco-Epidemiologia de doença de Chagas, IOC-FIOCRUZ, RJ. Os potes foram separados por data de coleta e seu conteúdo foi separado, identificado e quantificado e alguns dos exemplares de cada espécie foram devidamente alfinetados e inseridos na coleção permanente do laboratório. Para tal procedimento, utilizou-se um microscópio estereoscópico e chaves dicotômicas para a identificação da família e das espécies. Foram capturadas 1792 moscas pertencentes a sete (7) espécies da família Calliphoridae, sendo 1710 espécimens em área de mangue e 82 em área peri-urbana desmatada: Chloroprocta idioidea (Robineau- Desvoidy, 1930) (0,11%), Chrysomya megacephala (Fabricius, 1794) (87,94%), Chrysomya albiceps (Wiedemann,1819) (6,70%), Chrysomya putoria (Wiedemann, 1818) (1,23%), Cochliomyia macellaria (Fabricius,1775) (0,56%), Hemilucilia segmentaria (Fabricius, 1805) (0,33%), Lucilia eximia (Wiedemann, 1819) (3,13%).As principais diferenças observadas estão relacionadas à abundância, a riqueza, a diversidade e o efeito das fases lunares sobre as populações da área de mangue e da área desmatada.