Avaliação da Cultura de Segurança do Paciente em Ambiente Hospitalar: estudo comparativo em hospital universitário e público do Rio de Janeiro e do Porto
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11117 |
Resumo: | O objeto deste estudo é a percepção de enfermeiros acerca da cultura de segurança do paciente no contexto hospitalar, em dois hospitais públicos e universitários, um no Brasil e outro em Portugal. Tem como objetivos analisar as características dos enfermeiros que descreveram a cultura de segurança do paciente nas instituições; comparar as dimensões fortes e frágeis da cultura de segurança do paciente a partir da percepção dos enfermeiros nos hospitais investigados. Essa investigação procura perceber se a cultura de segurança do paciente é menos frágil em enfermeiros que atuam em hospital acreditado comparado aos que atuam em hospital não acreditado. Trata-se de um estudo survey, transversal e comparativo com abordagem quantitativa, em duas instituições hospitalares de dois países, possibilitando o benchmarking de resultados. Participaram do estudo 195 enfermeiros brasileiros e 567 portugueses. A coleta de dados ocorreu em 2014, utilizando o questionário do Hospital Survey on Patient Safety Culture. Os resultados apontam semelhanças e diferenças na caracterização dos enfermeiros. Destacam-se as semelhanças mulheres jovens, média de idade de 36 anos, atuam nas clínicas médicas e cirúrgicas, possuem contato direto com paciente, não participam do núcleo de qualidade e segurança do paciente; as diferenças carga horária, ter pós-graduação e experiência profissional, na instituição e na unidade. Evidencia-se quatro dimensões comuns frágeis nos dois hospitais Resposta não punitiva ao erro , Frequência de eventos notificados , Profissionais e Suporte da gestão para a segurança . Estatisticamente ao se comparar os dados dos dois hospitais houve diferenças significativas em sete dimensões, respectivamente, no hospital brasileiro e hospital português, Trabalho em equipe dentro das unidades; Retorno da informação e comunicação acerca do erro; Trabalho em equipe entre as unidades; Passagem de plantão ou transferências internas; Percepção geral sobre segurança do paciente; Profissionais; Suporte da gestão para a segurança. Os enfermeiros do hospital português enunciaram uma única dimensão forte Trabalho em equipe dentro das unidades , enquanto que no hospital brasileiro nenhum. Este último apresentou percentuais positivos mais baixos, apontando pontos mais frágeis de cultura de segurança. Inclusive os indicadores de resultados nota de segurança e frequência de notificação. As dimensões de fragilidades podem nortear os gestores de risco das instituições e permitir implementação de melhorias contínuas da cultura de segurança do paciente. Torna-se necessário transformar a segurança do paciente em prioridade estratégica nas instituições hospitalares, por entender que segurança é investimento, focando em medidas de prevenção de resposta não punitiva ao erro, notificação direcionado para o aprendizado organizacional, dimensionamento de pessoal adequado e participação ativa dos gestores. Para isso, é necessário investir em mudanças, começando pela cultura, que deve atingir a todos os envolvidos, de maneira a oferecer cuidado de saúde mais seguro e efetivo. |