Regulação da resposta imune por linfócitos T reguladores Foxp3+ de sangue e de pele de pacientes com hanseníase
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8796 |
Resumo: | A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo patógeno intracelular obrigatório Mycobacterium leprae. A doença possui um amplo espectro clínico com forte resposta celular do tipo Th1 em pacientes tuberculóides, enquanto em lepromatosos é detectada uma falha desta resposta. Os linfócitos T reguladores (Tregs) são células que expressam o fator de transcrição linhagem-específico Foxp3 e podem suprimir respostas efetoras. Estas células possuem participação essencial na homeostase do organismo, controlando a intensidade das respostas inflamatórias, e assim limitando danos teciduais. O melhor entendimento da modulação negativa da resposta imune e o envolvimento dos Tregs nesta modulação pode nos fornecer informações importantes sobre a evolução e patogênese da hanseníase. Desta forma, nós avaliamos os Tregs M. leprae-específicos de sangue e fenótipo de memória de Tregs de lesão. A análise dos Tregs na pele humana é imprescindível já que os principais eventos da regulação imune ocorrem nos tecidos. Citometria de fluxo foi utilizada para identificar frequências de Tregs CD4+ e linfócitos T convencionais CD4+ (Tconv) respondedores a antígenos micobacterianos. Observamos uma relação inversa entre Tregs CD4+ e Tconv respondedoras à ML1419c, uma proteína recombinante do M. leprae. Nos pacientes multibacilares observamos maiores frequências de Tregs e menores frequências de Tconv quando comparados com paucibacilares, isto indica uma possível ação supressora dos Tregs sobre os Tconv. Utilizamos uma técnica de dissociação mecânica e enzimática de biópsia de lesão de pele para obter células em suspensão para caracterização fenotípica. Observamos que os Tregs do tecido eram de memória efetora e foram detectados em maiores frequências na lesão do que no sangue. Análise por microscopia de imunofluorescência permitiu a detecção de Tregs CD4+ e CD8+ nas amostras avaliadas, entretanto os Tregs eram predominantemente CD4+ nesses infiltrados de lesão. Portanto, a avaliação de lesão de pele de hansenianos é consistente com a presença de Tregs com fenótipo de memória efetora nos sítios críticos de regulação imune na doença. Um objetivo futuro do nosso trabalho é a análise da função supressora estável dos Tregs e etapas preliminares necessárias para esta avaliação foram concluídas. O isolamento de Tregs de células mononucleares sanguíneas para futuro ensaio de supressão in vitro e avaliação do grau de metilação da região TSDR do gene de foxp3 foi realizado. Nossos resultados mostram que a metodologia utilizada é aplicável para nossos objetivos na investigação da participação dos Tregs na regulação negativa da resposta imune na hanseníase. |