Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cabral, Natasha |
Orientador(a): |
Pereira, Geraldo Moura Batista |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/61082
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica em que o nível de resposta imune do hospedeiro contra o agente etiológico, Mycobacterium leprae, determina a manifestação clínica da doença. Os linfócitos T reguladores (Tregs) suprimem a resposta efetora para prevenir danos teciduais, ação que pode contribuir para persistência de patógenos como o M. leprae. Apesar do provável envolvimento da modulação negativa da resposta imune na patogênese da hanseníase, os mecanismos envolvidos nessa regulação ainda não estão claros. Por isso, nosso objetivo foi caracterizar fenotipicamente linfócitos T CD8+ e CD4+ , incluindo Tregs e linfócitos T efetores (Tefs) de pacientes paucibacilares (PB) e multibacilares (MB) de hanseníase, assim como doadores saudáveis de área endêmica (SAE). Avaliamos as células mononucleares sanguíneas totais (ex vivo) e após estimulação de 7h com sonicado de M. leprae para identificação de linfócitos T específicos para antígenos de M. leprae. A investigação da razão de Tregs/Tefs mostrou que o grupo MB apresenta alteração no balanço entre essas subpopulações tanto em contexto ex vivo quanto antígeno-específico. Na análise ex vivo, observamos aumento da razão no grupo MB quando comparado com o grupo SAE tanto em relação às células de memória totais quanto subpopulações CXCR3+ . Isto sugere que mesmo em condições imunes não específicas, o balanço entre essas subpopulações tende em direção aos Tregs nestes pacientes. Na análise antígeno-específica, detectamos aumento da frequência de Tregs antígeno-específicos (AgTregs) no grupo PB e redução da frequência de Tefs antígeno-específicos (AgTefs) no grupo MB. A avaliação da razão de AgTregs/AgTefs mostrou aumento progressivo da razão do grupo SAE para o grupo PB, culminando com o grupo MB. Os doadores SAE apresentaram predominância de resposta celular efetora, enquanto os pacientes PB apresentaram equilíbrio entre essas duas subpopulações. Por outro lado, os pacientes MB apresentaram resposta tolerogênica dominante contra o bacilo, isto é, o número de AgTregs excede o de AgTefs, o que é compatível com a imunossupressão da resposta efetora contra o M. leprae. Além disso, identificamos que os AgTregs de pacientes expressaram moléculas inibidoras associadas a vias de supressão dos Tregs, sugerindo mecanismos de supressão ativos na hanseníase. A avaliação dos linfócitos T CD8+ também mostrou menor frequência de linfócitos T CD8+CXCR3+ totais, assim como linfócitos CD8+ respondedoras ao bacilo nos pacientes MB, sugerindo que a resposta CD8+ está debilitada nesses pacientes. Por fim, padronizamos a metodologia para obtenção de linfócitos T viáveis de pele humana e identificamos Tregs provenientes de lesões de pele por citometria de fluxo e imunofluorescência |