Capacidade de invasão, persistência intracelular e atividade citotóxica de cepas de <i>Aeromonas</i> spp. em modelo celular <i>in vitro</i> e <i>ex vivo</i>
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14437 |
Resumo: | As <i>Aeromonas</i> são consideradas patógenos em potenciais para o homem e animais e estão amplamente distribuídas no ambiente sendo a água e os alimentos importantes veículos de transmissão. Muitos estudos têm demonstrado que a patologia causada pela infecção por <i>Aeromonas</i> é complexa e envolvem inúmeros fatores de virulência, dentre eles a aderência, invasão, enterotoxinas, hemolisinas, exoenzimas, sideróforos, flagelos, formação de biofilme e mecanismos de secreção. No presente estudo, analisamos os mecanismos de patogênese mediados por <i>A. caviae</i> e <i>A. hydrophila</i>, avaliando a participação desses microrganismos nos processos de adesão, invasão, persistência intracelular e citotoxidade celular. Foram utilizados ensaios quantitativos <i>in vitro</i> para testar associação, invasão e persistência intracelular em linhagens celulares HEp-2 e/ou T84. A interação de tecidos intestinais de coelho cultivados <i>in vitro</i> (IVOC) com três cepas de <i>A. caviae</i> originárias de fezes diarréicas também foi avaliada. Observamos que 10 (62,5%) das 16 cepas de <i>Aeromonas</i> spp. de diferentes origens, submetidas aos testes de invasão quantitativos foram capazes de invadir células HEp-2 e T84 em 6 horas de incubação. As cepas positivas nos testes de invasão foram submetidas ao teste quantitativo de persistência em células HEp-2 e sobreviveram no ambiente intracelular por 48 e/ou 72 horas sem multiplicação. A interação de três cepas de <i>A. caviae</i> com a mucosa intestinal de coelho <i>ex vivo</i> resultou em aderência, produção de muco e alterações como, intensa vacuolização e drástica desorganização estrutural que levaram a destruição das microvilosidades intestinais. Este estudo demonstrou que subconjuntos de cepas de <i>A. caviae</i> e <i>A. hydrophila</i> de diversas origens, foram capazes de invadir, persistir ou destruir linhagens celulares <i>in vitro</i>. Nosso estudo também evidenciou que cepas de <i>A. caviae</i> causaram expressivas alterações morfológicas que resultaram na destruição de epitélios intestinais de coelho <i>ex vivo</i>. Finalmente, nossos resultados contribuíram para reforçar o potencial patogênico de cepas de <i>Aeromonas</i>, em especial, as de origem vegetal e clínica. |