O outro lado da mesma moeda: a força dos partidos brasileiros na arena eleitoral
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12462 |
Resumo: | O objetivo desta tese é o de mostrar como os partidos políticos são os donos da arena eleitoral brasileira, em contraste com análises da literatura nacional e internacional de que o sistema partidário do país seria essencialmente subdesenvolvido (MAINWARING, 1991). A hipótese de que as eleições no Brasil se dariam sob o reinado do voluntarismo individual é rejeitada diante das evidências do controle que as agremiações e seus dirigentes exercem sobre a estrutura de oportunidades do sistema político. Os destinos dos competidores estão atrelados às estratégias partidárias. Os resultados eleitorais, nas últimas duas décadas, são estáveis e previsíveis. A taxa de volatilidade é baixa considerando-se o ambiente de maior fragmentação partidária do mundo. Isso é possível porque os partidos realizam um intenso trabalho de coordenação e dispõem de uma série de fatores e mecanismos favoráveis à sua predominância na arena eleitoral. Entre eles estão o monopólio da representação, a concentração de poderes nos dirigentes partidários, a prática das coligações e recursos políticos importantes como o horário eleitoral de propaganda no rádio e na TV e o fundo partidário. A lógica presente na arena governamental ou seja, o modelo de delegação de poder aos líderes também é responsável pelo maior nível de partidarismo na arena eleitoral. Para reduzir as incertezas, é preciso que os dirigentes tenham domínio não só de suas próprias legendas como também criem laços e se agrupem em torno de alianças semipermanentes com outros partidos. Isso está longe da imagem de um sistema personalista de resultados quase aleatórios e imprevisíveis. No máximo, podemos falar de um personalismo partidarizado (ou igualmente de um partidarismo personalizado) na arena eleitoral brasileira. |