Formas de sociabilidade de migrantes nordestinos na cidade do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8507 |
Resumo: | O presente trabalho trata de analisar alguns aspectos relacionados à sociabilidade de três migrantes trabalhadores nordestinos de classes populares na cidade do Rio de Janeiro. Aqui abordarei as seguintes questões: a análise da organização e da estruturação das redes de apoio e ajuda mútua que os migrantes mantém entre si na atual cidade de destino; a maneira particular como lidam e combatem o estigma; e a identificação de algumas percepções que meus interlocutores apresentavam, através de suas falas, a respeito de "nordestinos" e "cariocas". As condições adversas ao trabalho que fez com que muitos trabalhadores da região Nordeste do Brasil migrassem para os maiores centros urbanos do Sudeste a fim de encontrarem serviços e poderem fugir da falta de perspectivas, diminuiu em intensidade a partir dos anos 1980 e 1990, mas continua a ocorrer até hoje (CUNHA, 2007). A rede de ajuda mútua é exercida de modo recíproco e solidário entre pessoas que fazem parte de sua família, da vizinhança da comunidade ou de sua terra natal, experimentando assim um padrão de sociabilidade tipicamente oposto ao mais comumente vivenciado pela população média natural de uma metrópole moderna onde moram, ficando engajados em uma rede de relações restritas que muitas vezes inibem o ganho de novos recursos e benefícios provenientes de contatos mais diversificados. Entre si, combatem a discriminação decorrente do estigma através da propagação de estereótipos que enaltecem os atributos de seu povo e deterioram os da população local. Apliquei a metodologia da observação participante, donde tive oportunidade de conviver com os três interlocutores desta pesquisa durante três meses do ano de 2014, conjugada a entrevistas semiestruturadas. |