O corpo como meio para metáfora
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5973 |
Resumo: | Nesta tese, tenta-se apresentar uma ecologia dos meios materiais de comunicação. Com a intenção de dar conta do denso emaranhado relacional de natureza e infraestrutura que está por trás de todo gesto artístico singular, monta-se um vocabulário conceitual que conjuga a antropologia de arte de Alfred Gell, a filosofia polifásica de Gilbert Simondon e a teoria dos meios (ou das mídias). Baseando-se nas ideias ecológicas de Gregory Bateson, Félix Guattari e Matthew Fuller, e aliando-se a uma tendência contemporânea de pensamento materialista dinâmico e especulativo (como os de Isabelle Stengers, Donna Haraway e Manuel DeLanda), a tese parte do princípio de que a matéria já tem tendências morfogenéticas estruturantes que o artista modula, sistematiza e prolonga. A primeira parte da tese se detém no corpo individual como meio para metáfora. As poéticas de João Cabral de Melo Neto e de Gerard Manley Hopkins são analisadas nas dimensões distintas de concretude material que encarnam. O processo metafórico é descrito não como ponto focal da produção de sentido, mas como caso do ato mais geral de montagem, acoplagem analógica transdutiva, compressora e recursiva. A segunda parte da tese se detém no corpo coletivo como meio para metáfora, tentando apresentar uma compreensão da mitologia a partir da técnica (como uma cadeia gestual que configura uma matriz simbólica). Depois de mobilizar a máquina mítica de Furio Jesi e a montagem mítica em Aby Warburg e Claude Lévi-Strauss, a tese tenta apresentar elementos da virada ontológica da antropologia como solução para problemas da literatura comparada em um mundo globalizado e pós-colonial. No último capítulo, chegamos no ritmo como conceito que pode delimitar toda experiência estética e capturar justamente a juntura entre o individual e o coletivo. A noção de arrastamento (entrainment) na física e na biologia é apresentada e estendida para poder descrever processos coletivos de sincronização afetiva |