O problema da gênese da autoconsciência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lobo, Carla Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4803
Resumo: São duas as motivações centrais para a suposição da existência de formas não-conceituais, primitivas de autoconsciência. No campo da pesquisa psicológica, a existência de uma forma não-conceitual autoconsciência emerge como uma consequência natural da rejeição da visão tradicional de Piaget e de Freud da primeira infância como um ambiente Indiferenciado do Eu/não-Eu; enquanto no campo da atividade filosófica tal suposição se sustenta como uma possível solução para o suposto problema da circularidade/regresso na estrutura da auto-referência reflexiva. Esta tese pretente submeter essa suposição amplamente difundida a um extenso escrutínio. A primeira parte do trabalho destina-se a uma avaliação filosófica da própria ideia de uma forma primitiva, não-conceitual de autoconsciência. A crítica geral aqui pode ser formulada nos seguintes termos: as alegadas formas primitivas não-conceituais de autoconsciência não satisfazem absolutamente as duas condições - amplamente aceitas acerca da autoconsciência. A primeira estabelece que a característica semântica comum a qualquer forma de autoconsciência (independentemente de sua complexidade) é a auto-referência consciente. A segunda estabelece que a característica semântica das formas mais básicas de autoconsciência é a chamada imunidade ao erro por identificação. A segunda parte da tese está consagrada à avaliação dos resultados empíricos da nova abordagem psicológica de autoconsciência. A crítica geral assume a seguinte forma: guiado pelo termo ambíguo "self" ou "selfhood", psicólogos contemporâneos incorrem em um non-sequitur ao tentar inferir formas primitivas de autoconsciência da simples existência de um sujeito na primeira infância. Baseado no princípio da melhor explicação, mostraremos que as alegadas formas primitivas de autoconsciência são melhor compreendidas como estágios de desenvolvimento cognitivo do sujeito. Em suma, a idéia de uma forma primitiva, não-conceitual de autoconsciência não passa de um equívoco