Avaliação do Sleep Apnea Clinical Score, do Questionário de Berlim e da Escala de Sonolência de Epworth como preditores da Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Faria, Anamelia Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22602
Resumo: O Sleep Apnea Clinical Score (SACS) e o Questionário de Berlim (QB) são usados para avaliar a probabilidade da Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) e a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) é utilizada para quantificar a sonolência diurna, um sintoma frequente da SAOS. Essas ferramentas ajudam a priorizar os indivíduos com doença mais grave para realização da polissonografia. É necessário checar a aplicabilidade desses questionários em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O objetivo principal deste estudo foi comparar a acurácia do SACS, do QB e da ESE em predizer a presença de SAOS em pacientes com DPOC. Para isto, os três questionários foram aplicados a 91 pacientes com DPOC, dos quais 24 realizaram a polissonografia. Os questionários foram avaliados e comparados através da curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Dos 91 pacientes incluídos no estudo, 58 eram homens (63,7%) e a média de idade era de 69,4 ± 9,6 anos de idade. Quatorze pacientes (15,4%) tinham alta probabilidade de SAOS pelo SACS, 32 (32,5%) foram considerados como tendo alta probabilidade pelo QB e 37 (40,7%) tinham sonolência diurna excessiva pela ESE. Dos 24 pacientes que realizaram a polissonografia, o diagnóstico de SAOS foi confirmado em cinco (20,8%), de acordo com os critérios da American Academy of Sleep Medicine (AASM). O QB e a ESE não foram capazes de predizer, com acurácia, a presença de SAOS neste grupo de pacientes com DPOC, com áreas sob a curva ROC de 0,54 (IC95%: 0,329-0,745; p = 0,75) e 0,69 (IC95%: 0,470-0,860; p = 0,10), respectivamente. A acurácia do SACS foi significativamente superior, com área sob a curva ROC de 0,82 (IC95%: 0,606-0,943; p = 0,02). O SACS foi melhor do o QB e a ESE em predizer a presença de SAOS neste grupo de pacientes com DPOC, sendo uma ferramenta útil na triagem de pacientes com DPOC para a realização de polissonografia.