Estetização da teoria curricular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Anderson Ignacio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21031
Resumo: Muitas vezes, na história do pensamento curricular, o currículo é trabalhado como uma coisa sobre a qual é possível dizer uma verdade. Artigos e livros foram escritos falando sobre a verdade do currículo. Apresentar aquilo que supostamente ele é. Aquele que conhece o currículo deve levar luz e conduzir o outro para fora das trevas da ignorância. Para a fuga, é preciso seguir prescrições realizadas pelos messias, engendrando o controle da vida do outro por meio de práticas dos portadores da verdade. Inspirado pela filosofia de Lyotard, defende-se, nesta tese, que alguns curriculistas, de diferentes formas, tentam escapar da repetição do mundo previsível e fazem da estetização a pavimentadora para outros caminhos. Sensibilidade no lugar da racionalização e reafirmação do currículo como jogos de linguagem. Nietzsche, Foucault e Deleuze são alguns dos que caminham com aqueles dispostos a estetizarem o currículo. Outros nem partem da crítica à racionalização. Sabem que o inapresentável não pode ser conceituado ou representado. Dele só se pode aproximar. São assim propostos o currículo em disputa, a poética curricular, o currículo arte e o currículo que baila como experimentações da vanguarda curricular. Desse modo, chegaram tão próximos do inapresentável para descobrirem que estavam longe e que lhes sobrava apenas experienciar a aproximação. São movidos pelo sublime. São experimentadores. Na política curricular, são eles que invocam o sentimento que move as mudanças. Fala-se do entusiasmo, que é o sublime na política. Assim, defende-se, nesta tese, que a estetização curricular é um movimento que toma o currículo como acontecimento, que escapa a todas as tentativas de universalização, prescritivismo, unidade e messianismo, sendo, portanto, o momento das singularidades. Com a estetização caem os tribunais e os seus julgadores. A estetização cria significados e, ao criá-los, reafirma as singularidades.