“É o que a gente veio aqui pra fazer”: participação da juventude na política escolar
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20642 |
Resumo: | Apesar do frequentemente renovado interesse dos estudos da juventude na participação política da juventude, as investigações pouco se dedicam à inação ou aos momentos de menor visibilidade dos movimentos. O presente estudo busca contribuir para reduzir essa lacuna, investigando a participação política dos jovens no Cefet/RJ ao longo de dez anos, de 2012 a 2021, a partir de registros de reuniões de conselhos institucionais e entidades estudantis e de entrevistas de jovens estudantes e docentes da instituição. Para pensar a juventude, partimos da noção de identificação performativa da juventude, desenvolvida por Miriam Leite em diálogo com a noção de gênero performativo de Judith Butler e de iterabilidade e performatividade da linguagem, conforme propostas por Jacques Derrida. Pensamos a participação política como requisito da democracia com Butler, Chantal Mouffe e Jacques Rancière, referenciais que também organizam o pensamento sobre democracia na educação escolar. Este trabalho aborda, ainda, em diálogo com a argumentação de Martín Retamozo, a demanda dos estudantes, produzida coletivamente em movimento de identificação entre eles. O tratamento dos documentos que compõem o corpus da pesquisa se deu em articulação com a abordagem de Jacques Le Goff, em que o documento carrega a projeção de um sentido, considerando as condições que foi produzido, e as entrevistas foram planejadas e realizadas com base na teorização de Leonor Arfuch, ou seja, considerando a narrativa como esforço para atribuir sentido aos enunciados, de maneira dialógica; tal concepção de narrativa orienta também o trabalho com os documentos. Por fim, três contextos de iteração – proposição desenvolvida por Leite, em diálogo com Arfuch e Derrida – organizaram a discussão do material: enunciações acerca da juventude participante, representação política juvenil e demandas dos jovens estudantes. As narrativas presentes no corpus empírico apontam para a construção de uma variedade de demandas, construídas de formas também variadas e em articulação entre os próprios estudantes ou com organizações internas ou externas ao corpo estudantil. Destaca-se a demanda mais recorrente, por educação escolar, vinculada à forte identificação dos jovens como estudantes, bem como a demanda por escuta, no que se aproximam dos recentes movimentos juvenis de ocupação de espaços públicos. |