Acurácia do teste de velocidade de marcha para predizer mortalidade em sete anos entre idosos residentes na comunidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Janaína Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17414
Resumo: Em indivíduos idosos, a velocidade de marcha é um importante teste de desempenho físico, pois a incapacidade de realizá-lo e a lentidão em sua execução estão associadas a diversos desfechos negativos de saúde, incluindo mortalidade. Além disso, apresenta outras vantagens, como o baixo custo, a simplicidade no processo de aferição e a possibilidade de aplicação em diferentes espaços de cuidados de saúde. Porém, a despeito dessas características, poucos estudos se concentraram especificamente na sua capacidade preditiva e no impacto da sua aplicação no cuidado do idoso. Obstáculos na determinação do melhor ponto de corte para classificar os indivíduos com base em sua velocidade de marcha representam outra limitação associada ao seu uso em ambientes clínicos e de pesquisa. O objetivo principal foi avaliar a validade externa do teste de velocidade de marcha para predizer mortalidade entre idosos da comunidade. Realizou-se o linkage probabilístico entre as bases do Fibra-RJ (linha de base) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). As principais variáveis de interesse foram idade, sexo, velocidade de marcha e morte. Os indicadores de acurácia foram sensibilidade, especificidade, razão de verossimilhança positiva e área sob a curva. Os pontos de corte ‘ótimos’ foram identificados considerando maximização de sensibilidade versus especificidade. Duzentos e quatro idosos (27,9%) morreram no período de sete anos. Esses indivíduos apresentaram menor velocidade de marcha (0,77 m/s), quando comparados com os que permaneceram vivos (0,87 m/s) (p <0,001). A acurácia foi baixa em todos os subgrupos. Na amostra total, o ponto de corte ‘ótimo’ foi de 0,83 m/s, com sensibilidade, especificidade, razão de verossimilhança positiva e área sob a curva Receiver Operating Characteristic de 63,8%, 63,2%, 1,73 e 0,63, respectivamente. Os resultados destacam óbstáculos no uso do teste de velocidade de marcha como ferramenta única em virtude da baixa acurácia na detecção de idosos em risco de morte. Pesquisadores e profissionais de saúde devem considerar o uso do teste de velocidade de marcha em conjunto com outros testes na avaliação de idosos.