Em busca do movimento intersetorial: um olhar, a partir dos profissionais da escola, sobre as intersecções entre as mediações culturais na prática cotidiana no âmbito das políticas públicas sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Amaral, Maria Inez Bernardes do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19267
Resumo: A tese objetiva captar o olhar dos profissionais da escola sobre as mediações culturais que afetam a busca pela intersetorialidade no cotidiano dos serviços públicos, quando do atendimento da infrequência escolar das crianças pobres. Parte-se do entendimento de que a formação sociohistórica do agente público brasileiro, atravessada por conceitos preconcebidos, contribui para a formação de uma mentalidade específica que afeta o atendimento/encaminhamento/acompanhamento, tanto inicial quanto continuado dos alunos em situação de infrequência escolar, que acaba por fortalecer a manutenção de um sistema opressivo, que se aproveita do fracionamento dos saberes desenvolvidos ao longo da formação socio cultural, que em relação com os saberes acadêmicos e cotidianos definem uma hierarquia de saberes no mundo trabalho. Para isso, interroga-se, a partir do olhar dos profissionais da educação, as práticas intersetoriais percebidas no âmbito da proteção social dos alunos infrequentes. Nesse sentido, relaciona-se o plano macrossocial, através do processo de formação do pensamento social do Brasil, com o cenário da administração pública brasileira das últimas décadas, com o plano microssocial, onde se discute trabalho e experiências cotidianas como formadoras do humano, a partir da lógica cultural de ser agente público no Brasil contemporâneo. Como subsídio inicial para pesquisa tem-se o campo de aplicação de um programa desenvolvido para combater a infrequência escolar, cujos encontros foram olhados etnograficamente, a partir desta observaação inicial desenolveu-se entrevistas abertas com profissionais da escola e equipes diretivas, de onde obteve-se o resultado de que a formação humana pelas experiências vividas, sentidas e apreendidas, quando não tensionadas teóricamente, colaboram para a manutenção de um sistema de preconceitos que objetiva-se em opressões que aprofundam e fortalecem diferentes expressões da questão social, quando reviolam direitos já violados pela exclusão social.