A infrequência escolar de uma unidade prisional: o caso da Escola Estadual César Lombroso na Penitenciária José Maria Alkimin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rafael, Marcos Fernandes lattes
Orientador(a): Kistemann Júnior, Marco Aurélio lattes
Banca de defesa: Magrone , Eduardo lattes, Souza, Renato Marcone José de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Gestão e Avaliação em Educação Pública
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11740
Resumo: A presente dissertação, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública do Centro de Políticas Públicas e avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), discute os possíveis motivos para as altas taxas de infrequência dos alunos privados de liberdade na Escola Estadual César Lombroso. A escola está localizada no Município de Ribeirão das Neves (Minas Gerais), nas dependências da Penitenciária José Maria Alkimin, estando em funcionamento há mais de 50 anos. O ensino formal dentro das unidades prisionais de Minas Gerais é estabelecido em termo de cooperação técnica entre a Secretaria de Atendimento ao Preso e a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. A pesquisa tem como recorte temporal os anos entre 2013 a 2017, período em que se registrou altas taxas de infrequência dos alunos, chegando a 55%. Com base nestes registros, delimitou-se a seguinte questão norteadora: quais os possíveis motivos para as altas taxas de infrequência dos alunos privados de liberdade da Escola Estadual César Lombroso? O objetivo geral traçado para o presente estudo foi analisar as causas que contribuem para os índices elevados de infrequência. Esta infrequência é oriunda de fatores que ocorrem dentro da própria unidade e, a partir disso, foi realizada uma pesquisa com realização de entrevistas com agentes prisionais e estudantes apenados. A pesquisa evidenciou que a infrequência dos alunos desta escola está relacionada aos procedimentos de saída para frequentar a escola, à postura dos agentes nos procedimentos, à estrutura precária das instalações escolares dentro da unidade, ao acesso a recursos tecnológicos, à situação emocional devido ao cárcere. A partir disso, foi elaborado um Plano de Ação Educacional (PAE) composto por 5 ações, quais sejam: a criação de uma equipe de agentes capacitados para o trabalho na escola; participação da família nos projetos da escola; discussões sobre remição de pena; combate à infrequência e por fim avaliação do PAE