Paridade e tipo de parto influenciam a duração do aleitamento materno? Evidências do Estudo Pró-Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Rebeca Nascimento Marinho da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23225
Resumo: O leite materno é uma fonte nutricional fundamental, que reduz a mortalidade na primeira infância, além de trazer benefícios para a saúde materna. Por outro lado, as causas do insucesso na amamentação e sua interrupção precoce carecem de investigações que possam detectar seus fatores e subsidiar políticas públicas mais assertivas. Este estudo tem por objetivos analisar a relação entre a via de parto, paridade e duração da amamentação; e explorar a existência de modificação das associações analisadas, segundo grau de escolaridade e dimensões de apoio social percebido. A duração da amamentação foi medida em número de meses no quais as crianças foram amamentadas, usando curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier. O teste qui-quadrado testou as diferenças entre os grupos de paridade, e o teste de Kruskal e a análise de variância testaram as diferenças na duração da amamentação. Modelos de riscos proporcionais de Cox foram usados para estimar hazard ratios e seus intervalos de 95% de confiança, após ajuste para variáveis de confusão. Das 1.138 mulheres incluídas no estudo, 8% delas relataram nunca ter amamentado, e entre as que amamentaram (1.047), 26% o fizeram até o 3º mês de vida do bebê, 28% até o 6º mês e 46% por mais tempo. A variável “tipo de parto” não permitiu descartar a hipótese de não associação via análise de sobrevida. Nas análises ajustadas via modelos de Cox, verificou-se que dentre as dimensões de apoio social, interação social positiva e apoio material estão correlacionadas ao menor risco de cessação da amamentação. Nível de educação não influencia significativamente a duração da amamentação neste estudo. Quanto à paridade, o estudo mostrou que as multíparas têm mais chances de amamentar do que as primíparas. A análise de sobrevida mostrou que quanto mais filhos as mulheres têm, maior a probabilidade de amamentar. Na análise ajustada, do primeiro para o segundo filho, a chance de desmame diminui 2%; para o terceiro filho, a redução observada foi de 10%; e para o quarto filho é 29% menor, quando comparados até 24 meses. Nenhuma dimensão de apoio social ou escolaridade confirmou a hipótese de modificação do efeito. Conhecer, entender e ampliar a divulgação sobre os impactos associados ao desmame precoce podem contribuir para aumentar as taxas de aleitamento, visando a melhores resultados de saúde da população