Empoderamento de gestantes e de enfermeiras obstétricas, mediado pelas práticas educativas em saúde no campo desmedicalizado: estudo sociopoético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Rafael Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11153
Resumo: Trata-se de um estudo qualitativo cujo objeto foi o empoderamento feminino mediado pelas práticas educativas em grupos de gestantes, realizadas por enfermeiras obstétricas no campo desmedicalizado. Partiu-se do pressuposto de que as enfermeiras obstétricas no campo desmedicalizado utilizam as práticas educativas em grupos de gestantes como estratégia de empoderamento feminino. Os objetivos foram apresentar as habilidades das enfermeiras obstétricas como mediadoras das práticas educativas em grupos de gestantes no campo desmedicalizado; descrever os fundamentos pedagógicos contidos nessas práticas; analisar as dimensões do empoderamento feminino ativadas pelas práticas educativas em saúde; e delinear as diretrizes para o cuidar/educar na perspectiva das práticas educativas estudadas como estratégia do empoderamento feminino. O suporte temático contou com os fundamentos do empoderamento e com referencial teórico na educação através das concepções de Demerval Saviani e da educação em saúde. A metodologia seguiu os passos e princípios da Teoria sociopoética, sendo utilizadas a técnica de Vivência dos lugares geomíticos (VLG) e a dinâmica Corpo como território mínimo (DCTM). A análise dos dados produzidos foi feita com base em estudos sociopoéticos. Foram participantes desta pesquisa enfermeiras obstétricas e uma assistente social, que atuam em um serviço de cuidado desmedicalizado, e gestantes atendidas no mesmo serviço, localizado no município do Rio de Janeiro. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CEP/UERJ), parecer nº 655.319. Os resultados mostram que as habilidades das enfermeiras obstétricas como mediadoras das práticas educativas estão centradas no acolhimento, na criação de vínculo e na promoção da sensação de segurança, oriundos do seu cuidado competente e compromissado técnico-politicamente com a desmedicalização da saúde. Os fundamentos pedagógicos contidos nas práticas educativas seguem o rigor metodológico, embasado na ação reflexiva-filosófica direcionada para uma vertente histórico-crítica da educação. Habilidade e fundamentos pedagógicos culminam na ativação de dimensões do empoderamento feminino nos níveis individual e organizacional, com potencial para o nível comunitário. A construção de diretrizes para o cuidar/educar na saúde da mulher na perspectiva da desmedicalização foi feita consoante o imaginário do grupo pesquisador (GP). Dessa maneira, foi possível afirmar que as práticas educativas em grupos de gestantes no campo desmedicalizado, nas quais a enfermeira obstétrica é mediadora, são um cuidado que, ao mediar a ativação de dimensões do empoderamento feminino, se tornam um instrumento do cuidado desmedicalizado.