O risco biológico no cuidado de enfermagem junto aos clientes submetidos à hemodiálise: estudo sociopoético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Leonor Coelho da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11453
Resumo: Infecções virais acometem uma parcela significativa dos indivíduos em terapia renal substitutiva (TRS) e representam um risco importante à saúde dos profissionais, quando estes não adotam práticas seguras. O objeto de estudo desta dissertação foi o Comportamento dos profissionais de enfermagem frente ao risco de acidente com material biológico no cuidado de clientes submetidos à hemodiálise. A partir da questão norteadora - Como o risco biológico e as medidas de precaução padrão são percebidos pelos profissionais de enfermagem que atendem aos clientes em hemodiálise? foram formulados os objetivos: analisar a dimensão imaginativa dos profissionais de enfermagem referente ao risco de acidente biológico no cuidado junto aos clientes em hemodiálise; compreender a percepção destes profissionais frente ao risco; descrever a adesão aos equipamentos de precaução padrão; e discutir os comportamentos de autocuidado à luz da Teoria do Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender. Escolheu-se esta Teoria do Modelo de Promoção da Saúde como marco teórico, e a filosofia e Teoria Sociopoética como marco teórico- metodológico. Após submissão e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa número CAAE 61649716.6.0000.5282 e Parecer Consubstanciado número: 1.858.402; foi instituído o grupo-pesquisador (GP), composto por 10 participantes. Os dados foram produzidos em seis oficinas sociopoéticas, com duração de duas horas cada, no mês de abril de 2017, no Rio de Janeiro - Brasil, através do preenchimento de um questionário sociodemográfico e profissional e da utilização das técnicas artísticas Vivência de Lugares Geomíticos e Dinâmica do Corpo como Território Mínimo. Evidenciou-se que o GP foi composto por 08 mulheres e 02 homens, sendo 08 técnicos de enfermagem e dois enfermeiros. 05 participantes referiram ter sofrido acidente com material biológico, todos foram com material perfuro cortante; 06 participantes referiram que deixaram em algum momento de usar EPI; sendo que, os 06 referiram que tinham EPI à disposição para uso e justificaram a não adesão pela pressa, crença que a ausência de luvas possibilitaria um melhor tato e a desvalorização do risco de contaminação. O GP reconhece a presença do risco biológico, a possibilidade de se acidentar e que o acidente pode estar associado além da responsabilidade individual a fatores como a condição humana e a vontade divina. O acidente é percebido como passível de acontecer, e surge associado à importância do conhecimento dos fatores aos quais está associado, a necessidade da adesão e utilização de forma correta dos EPI, de manter-se atualizado e mudança de comportamento. A discussão do comportamento dos profissionais mediada pela Teoria do Modelo de Promoção da Saúde descortinou os fatores interferentes e motivadores do autocuidado e evidenciou a intenção do GP em adotar comportamentos e atitudes direcionados à promoção da saúde. Concluiu-se, então, que a equipe de enfermagem necessita ser orientada sobre a importância das ações preventivas (autocuidado), pois muito embora, alguns possuíssem conhecimento sobre risco biológico e autocuidado este nem sempre se traduzia em comportamento seguro. Evidenciando a necessidade de realização de cursos e treinamentos sobre o tema investigado nesta dissertação.