Escrevivências: denegrir(-se) e ensurdecer(-se) com estudantes negras surdas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Sheila Martins dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19813
Resumo: Esta dissertação partilha minhas experiências por meio das escrevivências (ou cartografias) dos efeitos dos encontros com estudantes negras-surdas e as literaturas negras numa turma do Ensino Fundamental Noturno no primeiro segmento do ensino fundamental. Todo este processo formativo deu-se pela tentativa de tecer junto ao Coletivo Alteridade e Diferença na Educação uma colcha-encruzilhada forjada pelo movimento de dar a ver as seguintes questões que são contornos desta pesquisa-escrevivência: Como seria esse nosso encontro com as literaturas negras? O que poderíamos aprender juntas nessas conversas com as autoras negras? Como seria nos vermos nas escrevivências negras? Neste contexto, percebo-me diante do ato de tecer uma cartografia (escrevivida e encruzilhada) a partir das conversas e dos agenciamentos com saberes produzidos nas giras, nos pagodes, nos terreiros, nas escolas e nas ruas, considerando, talvez, que esse modo de fazer pesquisa possa suportar o encontro para produzir pensamentos e outros saberes singulares e múltiplos, inventando novas possibilidades de vida, de (re)existir no presente. Esse modo outro de fazer uma pesquisa-escrevivência é um movimento de aquilombar-se juntas no tecer fio-a-fio essa pesquisa mata adentro, criando rasuras a partir da experiência de liberdade com arte, com poesia, com afeto e sendo afetada. Sobretudo, como modo de afirmar uma luta antirracista, tencionar questões raciais e o campo da educação com surdas, produzir responsabilidade de narrar histórias singulares fazendo ligas com a arte e com os saberes afro-diaspóricos provocando inquietações, experimentando uma escrita acadêmica outra, sendo movimentadas por gestos de denegrir e ensurdecer juntas. Uma pesquisa-escrevivência como possibilidade de afirmar uma luta antirracista, tencionar questões raciais e o campo da educação com surdas e produzir responsabilidade de narrar histórias singulares.