Os advérbios preposicionais antes de, diante de, em frente a (de) e em face de: gradiência e fixação de padrões construcionais
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13929 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo investigar o uso dos advérbios preposicionais antes de, diante de, em frente a (de) e em face de, que, de acordo com os dados analisados, caracterizam-se como elementos híbridos, pois apresentam traços de ambas as categorias gramaticais: advérbios e preposições. Foi possível constatar que os advérbios preposicionais são microconstruções gramaticais e que, em um nível mais esquemático, compõem a construção advérbio preposicional, representada por [(Oração desenvolvida/reduzida) + Adv. Prep. + SN/oração reduzida + (Oração Desenvolvida)]. Identificamos que essa construção apresenta diferentes padrões construcionais que instanciam as noções de espaço, oposição, tempo, efeito/resultado, causa e concessão. Tais padrões são decorrentes de uma gradiência contextual, portanto, em contextos mais locativos, maiores são as propriedades preposicionais, e, em contextos mais abstratos, maiores são as propriedades adverbiais, o que caracteriza o continuum categorial dessa classe gramatical, bem como a atuação da perspectivação cognitiva. Além disso, evidenciamos a trajetória espaço > tempo > texto, na qual a categoria se configura como uma zona difusa de significação, com superposições funcionais, em que é possível reconhecer a gradiência contextual, onde o significado é perspectivado a depender do contexto de uso. Esta pesquisa, cujos dados foram extraídos dos jornais Folha de São Paulo e Estadão, entre os meses de julho e outubro de 2017, tem como fundamentação teórica a Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), na qual são combinadas as vertentes funcionalistas e cognitivistas da linguagem e das línguas, de acordo com Traugott e Trousdale (2013), Traugott (2013, 2012, 2008), Croft (2001), entre outros. |