Rock in Rio: comunicação e consumo no contexto de um grande evento made in Brazil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, Flávio Lins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8875
Resumo: O objetivo principal desta tese é analisar a consolidação do festival de música Rock in Rio como um potente instrumento de comunicação. Nosso percurso teórico tem como ponto de partida a investigação da origem dos grandes eventos e sua relação com o gênio do lugar onde surgiram. Abordamos o processo de festivalização das cidades/da cultura, não só como bálsamo para problemas que afligem o contemporâneo, como desemprego e desindustrialização, mas como rituais públicos que celebram uma comunidade idealizada. No âmago desta tese estão questões relativas à produção de tempo e de espaço possibilitadas pelos grandes eventos, como pilares de um capitalismo que se amasiou com a cultura. A fim de analisar o Rock in Rio, verificamos a sua trajetória e seus desdobramentos em múltiplas plataformas. Em um momento no qual velhas mídias precisam se reinventar para conviver com novas possibilidades de comunicação, o empresário Roberto Medina incorporou-as de maneira hábil e rápida a serviço da marca. Nas arenas do festival a economia da experiência tornou-se palavra de ordem, configurando-o como um lugar para emoção, onde artistas e empresas disputam a atenção do público, em um tempo e espaço dramatizados por especialistas em sedução e consumo. Valendo-nos do desafiador e tortuoso caminho de pesquisa proposto pela arqueologia da mídia, especialmente para um produto multifacetado como o Rock in Rio, tanto a pesquisa teórica quanto a empírica dão conta de que na comunicação, considerando o consumo também como um modo de dizer, estão o sopro de vida e também a razão de ser dos grandes eventos. O Rock in Rio é, assim, sinalizado como uma grande mídia ao vivo, que tem na presença e na visibilidade o dogma de sua vitalidade