Vão e desvãos do eu na ficção tardia de Clarice Lispector
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6742 |
Resumo: | A presente dissertação examina o apagamento dos limites entre autobiografia e ficção na obra tardia (textos publicados nos anos 70) de Clarice Lispector, concentrando-se nas seguintes obras: Água viva (1973), A via crucis do corpo (1974) e A hora da estrela (1977). Nessa época ocorreu uma mudança drástica na escrita da autora, pois ela se envolveu com novos projetos estéticos, cujos elementos contrastam com seus textos anteriores. Lispector tende a indicar em alguns de seus últimos textos as circunstâncias de produção dos mesmos, proporcionando ao seu leitor referências sobre o tempo e o lugar de produção dessas obras, como também determinadas informações sobre a sua história pessoal no momento da escrita. As incursões autobiográficas que marcam a ficção tardia da autora tiveram estreita relação com sua produção de crônicas semanais para o Jornal do Brasil de 1967 a 1973. O modo de composição da escritora também se modificou nos anos 70, Lispector enfatizou a heterogeneidade, ao contrário dos primeiros escritos, onde predominava a homogeneidade. A heterogeneidade também se manifestou na linguagem, pois a autora interpõe trechos sublimes e artisticamente elaborados a outros escritos num estilo coloquial, e até mesmo, indecoroso. Nos seus últimos anos, Clarice Lispector parecia bastante envolvida com um tema que apareceu com freqüência na sua ficção na década de 70: a pobreza existente no mundo. Além de acrescentar à sua obra temas relacionados à crueldade social como a prostituição e crimes sexuais. No entanto, esses fatos não constituem apenas temas nas narrativas da escritora, mas, a condição mesma sob a qual ela escrevia |