Ancestralidade e dororidade em Olhos d’água, de Conceição Evaristo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Guimarães, Joyce do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22505
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo investigar as possibilidades atuais de como as produções e consumo da literatura negra, de autoria feminina, têm sido uma importante ferramenta de promoção da intelectualidade e da estética negra, identificando as problemáticas ainda encontradas hoje e verificar as possibilidades da ascensão literária da negritude através disso. A partir daí, será utilizada a obra Olhos d’água (2016) de Conceição Evaristo com análise dos contos que serão mencionados posteriormente ao longo desta dissertação. Foram encontrados aspectos necessários na obra para a produção deste trabalho: o pano de fundo da obra, as personagens, os territórios, o processo de diáspora africana brasileira, a violência dos centros urbanos, as identidades LGBTQIA+ e, também, a educação como prática de ascensão e transformação social. Para embasar estas reflexões, foi estruturado um diálogo com o feminismo negro para colocar em questão as vicissitudes na contemporaneidade da mulher negra e é uma articulação imprescindível com classe, gênero e raça; e para isso é necessário falar sobre o acesso à Literatura como um direito, utilizando a referência teórica de Antônio Candido em O direito a Literatura e outros ensaios (2004); sobre as questões de cunho social e de gênero de produção literária feminina e negra, será importante utilizar obras de bell hooks (1995), Angela Davis em Mulheres, raça e classe (2016), a própria Conceição Evaristo (1946) na crítica para fazer o recorte de todo esse processo aqui no Brasil, na estética literária brasileira-negra com a obra Estética e raça: ensaios sobre a literatura negra (2021), do autor Luiz Mauricio Azevedo e a importância do aquilombamento nesse processo, uma necessária leitura de Grada Kilomba em Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano (2019)