Representações sociais da Tatuagem: a perspectiva dos tatuadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Teixeira, Felipe dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22976
Resumo: As marcações corporais são práticas adotadas por diversas culturas ao longo de toda a história da humanidade. A tatuagem, enquanto prática milenar, possui diversos sentidos e significações atribuídas nas mais diversas culturas. No Brasil, a tatuagem inicialmente esteve associada à marginalização, estigmatizando os tatuados por ter se tornado uma prática entre as classes menos favorecidas das cidades portuárias. No entanto, ao longo do século XX, houve uma mudança significativa em sua percepção social, especialmente a partir da década de 1960. Durante os anos 60, a tatuagem começou a ser adotada por jovens de classe média e da elite, o que, aos poucos, alterou sua representação na sociedade brasileira. Nesse período, a tatuagem passou a ser vista como uma expressão coletiva e jovem, em contraste com sua associação anterior de marginalização. O objetivo principal da pesquisa consistiu em identificar e analisar as representações sociais da tatuagem sob a perspectiva dos tatuadores. Em relação aos objetivos específicos, buscou-se identificar e analisar identificar e analisar como os tatuadores representam também a cobertura e apagamento de uma tatuagem. Para isso, foram realizadas dez entrevistas com tatuadores do Rio de Janeiro. A análise das entrevistas fundamentou-se na teoria das representações sociais, bem como em estudos sobre corpo, memória social e estética dentro do contexto cultural. Dois temas principais emergiram da análise do discurso dos entrevistados: memória e estética. Foi identificado que a representação social da tatuagem tem passado por mudanças, sendo cada vez mais reconhecida pelos tatuadores e valorizada como uma forma de expressão individual e estética, ainda que a relação com a memória esteja presente. Além disso, houve uma notável normalização e até mesmo incentivo, presentes nos discursos dos tatuadores, à cobertura de tatuagens, indicando uma mudança na percepção da tatuagem como uma marca indelével para uma marca potencialmente transitória.