Vida e escrita em trabalhos de Lee Maracle: a busca por desenvolvimento de uma mulher indígena canadense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Lacerda, Maira Primo de Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6422
Resumo: Essa dissertação tem como objetivo analisar três livros de Lee Maracle, autora canadense de origem indígena, com base nas teorias autobiográficas, pós-coloniais e feministas, visitando brevemente a história canadense, para contextualizar a produção literária desta autora. A primeira publicação de Maracle ocorreu em 1975, com o lançamento de sua autobiografia Bobbi Lee Indian Rebel. Esta dissertação, entretanto, visa discutir a segunda edição desse livro, ampliada em 1990. A narrativa autobiográfica permite-nos conhecer as lutas, dificuldades e corrente situação dos povos indígenas canadenses, para que, no próximo momento possamos analisar a evolução da escrita de Maracle, na publicação de seus romances. Sundogs (1992) foi o primeiro romance da autora. Por meio de sua narradora em primeira pessoa, Marianne, Sundogs desdobra a trilha da jovem protagonista na busca de sua identidade indígena. O mais recente romance de Maracle, Daughters are Forever (2002), apresenta uma introdução mitológica da formação de Turtle Island , a América, baseada nas tradições orais indígenas. O romance narra a trajetória de Marilyn, uma assistente social, por volta de seus quarenta e cinco anos, que sofre pelo seu distanciamento de suas filhas, causado por sua própria maternidade inadequada. O nítido aperfeiçoamento das técnicas literárias ao longo dos anos, transforma Lee Maracle em uma das vozes de uma minoria oprimida que quebra o silêncio através da literatura indígena, denunciando a realidade de seu povo marginalizado há séculos