A leitura dos espaços inóspitos em Alice Munro : corpos (des)habitados e lugares (des)construídos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Poletto, Ana Júlia
Orientador(a): Zinani, Cecil Jeanine Albert
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/3106
Resumo: Alice Munro, ganhadora do prêmio Nobel em 2013, é escritora exclusivamente de contos, e suas narrativas percorrem um imaginário de espaços desnaturalizados que questionam a ordem estabelecida sob um aparente equilíbrio. Esta tese analisa alguns contos das obras: Ódio, amizade, namoro, amor, casamento; Fugitiva; Felicidade demais; O amor de uma boa mulher e Vida querida, para estabelecer um diálogo entre as questões de leitura e o efeito estético produzido, seguindo a corrente de Wolfgang Iser. A busca de uma leitura da écriture féminine se faz necessária na construção de uma alteridade radical, o que permite repensar as questões de gênero e espaço. O texto, como fronteira e paisagem literária, nos permite pensar de que forma a leitura se transforma em espaço necessário para a compreensão do Outro. O percurso no imaginário de Alice Munro tem como ponto de partida o espaço, passando pelo lugar, delineando um corpo até chegar ao rosto, espaço último de alteridade. Desenvolvemos uma categoria denominada em nossa pesquisa como lítero-corpóreo, espaço fronteiriço entre uma materialidade corpórea, e a leitura que transforma as realidades vividas. As correntes literárias de espaço que utilizamos são diálogos entre literatura, geografia e filosofia: Luis Alberto Brandão, Doreen Massey e Gaston Bachelard são alguns dos teóricos que embasam a pesquisa.