Estudos da toxicidade e do potencial antineoplásico do extrato etanólico de folhas de Petiveria alliacea L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cal, Bruna Barros Fróes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20229
Resumo: O uso dos recursos naturais é uma pratica antiga, através da qual o homem busca aumentar sua chance de sobrevivência. Desta forma, o homem primitivo encontrou nas espécies vegetais muitos benefícios, inclusive a cura para muitas enfermidades. Consequentemente foram desenvolvidos vários estudos para garantir a segurança, e a eficácia no uso de plantas medicinais, como a espécie Petiveria alliacea Lineu., ou guiné, como é popularmente conhecida. Nesta espécie foi descrita diversas atividades biológicas, dentre elas, a atividade anti-neoplásica, que foi atribuída aos polissulfetos derivados do metabolismo secundário. O objetivo do presente estudo consiste em avaliar o potencial antineoplásico, citotóxico e mutagênico do extrato etanólico de folhas de Petiveria alliacea L. Amostras de folhas foram obtidas a partir do telado do Núcleo de Biotecnologia Vegetal (NBV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde são mantidas plantas envasadas, as quais foram coletadas em propriedades particulares de Niterói. O extrato foi preparado a partir de folhas imersas em etanol P.A. Células pulmonares humanas de carcinoma (linhagem A549) foram tratadas com diferentes concentrações desse extrato. Após o período de tratamento de 24 horas, a atividade citotóxica foi analisada pelos métodos de exclusão por azul de tripan, WST-1 e recuperação clonogênica. A dose que inibe 50% do crescimento celular foi encontrada, quando as células foram expostas ao extrato nas concentrações de 20 e 25μg/mL. Essas concentrações foram testadas na linhagem normal de rim de macaco-verde (VERO). Nesta linhagem foi observado diminuição de 10% da viabilidade celular, através dos testes de inclusão por azul de tripan e WST-1. Já no ensaio de recuperação clonogênica, não foi observado diminuição estatisticamente significativa da capacidade mitogênica das células quando comparadas ao controle. Experimentos foram realizados para avaliar a taxa de produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), através de citometria de fluxo utilizando o reagente DCFH-DA, onde o extrato apresentou-se antioxidante para ambas as linhagens testadas. O outro modelo biológico utilizado neste estudo foi à levedura S. cerevisiae FF18733 (selvagem) e CD138 (mutante). Ambas foram avaliadas quanto à fração de sobrevivência, crescimento, mutagênese (sistema de resistência a canavanina) e colônias petites. Os resultados indicam que a concentração de 10 e 7,5 μg/mL diminuem a viabilidade celular em 50% nas cepas FF18733 e CD138 respectivamente. No ensaio de crescimento as cepas foram expostas por 48h ao extrato de P. alliacea. Não foi observada diminuição significativa na cepa FF18733 quando comparada ao controle, já a cepa CD138 apresentou diferença significativa na taxa de crescimento. Entretanto, no ensaio de resistência a canavanina, o extrato mostrou-se mutagênico para ambas as cepas. Nos experimentos para avaliar a perda da função mitocondrial, foi observado que ambas as cepas apresentaram um aumento na taxa de colônias petites. Analisando os resultados observados em leveduras e linhagens celulares, observamos que em ambos os casos ocorreu uma alteração nas vias oxidativas que afetam o metabolismo mitocondrial, sugerindo que está organela é mais afetada pelo extrato de P. alliacea. Sendo necessário estudos analisando a via de morte celular e a composição química do extrato.