O mergulho autônomo como ferramenta de análise da poluição marinha: um estudo na Baía da Ilha Grande (Rio de Janeiro, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pessoa, Luiza Amaro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22075
Resumo: A poluição marinha é um assunto que faz parte do cotidiano, a problemática vem sendo apresentada em diversos meios de comunicação e debatida por diversos países, considerando sua gravidade e a necessidade urgente de pensar a mitigação dos impactos. O presente trabalho teve como principal objetivo identificar, contabilizar e classificar os resíduos sólidos na Baía da Ilha Grande, além de discutir a relação dos diferentes usos do ambiente marinho, dando um foco maior nas atividades de turismo e pesca, comuns da região. A obtenção de dados foi realizada por mergulhadores autônomos, utilizando a metodologia do Reef Check. Os resultados apresentaram uma quantidade maior de resíduos encontrados nos mergulhos realizados na parte abrigada, resultado de maior uso nessas áreas sem o devido cuidado pelas atividades de turismo e algumas modalidades de pesca. Os ambientes expostos apresentaram uma quantidade menor de resíduos, e grande parte dos materiais encontrados são oriundos de atividades da pesca, como linhas, zangarilhos e demais apetrechos. A atividade turística tende a preferir ambientes mais tranquilos para a possibilidade de exercer a visitação de forma mais prazerosa e segura, sendo assim, os fundeios tendem a ocorrer nas partes abrigadas, ou seja, voltadas para o continente. A pesca, em sua maioria, não tem como principal objetivo um conforto de fundeio das embarcações e sim um ambiente que possibilite um maior número de pescado, por esse motivo, as embarcações tendem a ancorar na parte exposta. Os diferentes usos que ocorre na lâmina d’água refletem na paisagem submersa, essas modificações puderam ser observadas, catalogadas e analisadas pelos mergulhadores da equipe do projeto. Para além dos números analisados, a participação dos mergulhadores autônomos foi bastante positiva, amadurecendo a participação social em projetos de conservação, principalmente vinculados a unidades de conservação de proteção integral. Foi possível compreender que políticas públicas, caminhos para a gestão de áreas protegidas e as formas de pensar o ambiente ficam ainda mais ricas quando estruturadas em equipe. No caso dos ambientes costeiros e marinhos, quando pensadas também por mergulhadores autônomos da região, que possuem contato rotineiro com o ambiente.