Estoque de carbono na biomassa subterrânea de florestas de mangue

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Daniel Medina Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Multidisciplinar
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14305
Resumo: A biomassa de raízes subterrâneas em florestas de mangue tem sido objetivo de diversos estudos recentemente, assim como de outros sistemas florestais. Este aumento no número de estudos está relacionado ao reconhecimento da capacidade que esse compartimento da floresta tem de estocar carbono. No entanto ainda é nítido a baixa representatividade dos estudos desse compartimento da biomassa de florestas de mangue, quando comparados aos estudos da parte aérea. Porém as raízes subterrâneas podem comprendem mais da metade da biomassa do sistema florestal. A biomassa de raízes subterrâneas de manguezais ao longo do globo terrestre varia entre 4,7 t.ha-1 e 937,1 t.ha-1, com uma média de 172,4 t.ha-1. Enquanto que o estoque de carbono variou entre 1,9 tC.ha-1 e 434,8 tC.ha-1, com uma média de 75,6 tC.ha-1. Para a Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (Rio de Janeiro, RJ Brasil), local onde foi realizada esta tese, a média econtrada do estoque de carbono de 120,1 tC.ha-1 e a biomassa de 267,9 t.ha-1, encontram-se dentro da faixa de variação global e latitudinal (entre 10º e 25º). No entanto o maior valor de biomassa subterrânea e respectivo estoque de carbono encontrado neste estudo (348,94 t.ha-1 e 239,63 tC.ha-1) são superiores aos maiores valores encontrado para a referida faixa latitudinal. Assim como na maioria dos trabalhos, levantados na primeira parte da tese, de revisão bibliográfica, a maior parte da biomassa encontra-se nas primeiras camadas da superfície, chegando em média a 50% nos primeiros 0,4 m de profundidade. Bem como a contribuição da raízes mais finas (com diâmetro menor que 5 mm) contribuem em média com a maior parte (cerca de 80%) da biomassa subterrânea e respectivo estoque de carbono, também acompanhando o resultado de outros estudos. O método usado para obter estas estimativas foi a de escavação de uma trincheira de 1 m³ (1 m de largura X 1 m de comprimento X 1 m de profundidade), sendo escavadas 10 trincheiras, 5 na zona de franja e 5 na zona de bacia, permitindo comparar os dois tipos fisiográficos e verificar que não existe diferença estatística significativa entre as mesmas com relação às diferentes classes de diâmetro de raízes. A única diferença estatística sgnificativa entre os tipos fisiográficos foi para o estoque de carbono no primeiro estrato. O método utilizado neste estudo proporciona a coleta de todas as classes e tipos de raizes, fornencendo um panorama geral da biomassa subterrânea, no entanto em função de sua pouca praticidade, foi testada a viabilidade da amostragem para estimativa de biomassa subterrânea através de testemunhos. Este método, como verificado na revisão bibliográfica sobre o assunto, é o mais utilizado para se obter os valores tanto de biomassa subterrânea, quanto o estoque de carbono associado a esta. Para o referido teste foram coletados 100 testemunhos, 10 testemunhos ao redor de cada trincheira. Cada testemunho tinha uma profundidade de 1 m e um diâmetro de 7 cm. Quando comparadas as estimativas de estoque total de carbono obtidas pelo método de testemunho com as obtidas pelas trincheiras, não foi verificada nenhuma diferença estatisticamente significativa entre as metodologias, tanto para franja, quanto para a bacia. Portanto, tendo em vista a praticidade da amostragem de testemunhos e a confiabilidade de seus resultados, recomenda-se a utilização desse método de amostragem, que contribuirá para a expansão das estimativas do estoque de carbono na biomassa subterrânea de florestas de mangue