Avaliação da incerteza na medição do ensaio demanda bioquímica de oxigênio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vieira Neto, Olegario Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17623
Resumo: As concentrações limites de muitos poluentes exigidos pelas legislações ambientais estão cada vez menores, demandando desenvolvimento de métodos que forneçam resultados mais exatos e precisos. Quanto menor o limite de quantificação, maior é o desvio nesse nível de concentração, e é nesse momento que o conceito de incerteza tem maior relevância, por mais treinado que seja o analista e por melhor que seja o sistema de medição. O presente trabalho relata a validação do método para determinação da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) pela medição do oxigênio dissolvido por luminescência (APHA, 2017), para a comprovação do limite de quantificação (LQ) e a estimativa de incerteza de medições associada aos resultados. O limite de quantificação, precisão e o tempo de resposta foram comparados por três métodos distintos: químico, luminescente e eletrodo com membrana no ensaio DBO. Foram utilizados os resultados dos ensaios de branco, padrões e materiais de referência, água coletada no rio dos Macacos na Floresta da Tijuca – RJ, e efluentes de indústrias localizadas no Rio de Janeiro. Os testes foram realizados conforme diretrizes do DOQ-CGCRE-008.Rev05 (INMETRO, 2016) e do Guia Eurachem/Citac (2012). Foi possível estabelecer o LQ igual a 1 mg.L-1 de O2, precisão de 4,3% e recuperação de 103% para medição do oxigênio dissolvido por luminescência. O LQ pelo método de Winkler foi igual a 0,4 mg.L-1, porém mais trabalhoso. Menos preciso, o LQ igual a 3 mg.L-1, precisão de 4,6% e recuperação de 106%foi alcançado quando utilizado um sensor com membrana para quantificar O2. Ficou demonstrado que o método por luminescência foi satisfatório para avaliar o enquadramento na Resolução Conama n° 357 (BRASIL, 2005), conforme limite de 3 mg.L-1 para águas classe II. A precisão do analista, componente Tipo A, demonstrou ser a contribuição mais relevante para a estimativa da incerteza. O coeficiente de variação foi de 12% a 21% para DBO entre 10 e 50 mg.L-1; 2,4% a 5,5% para DBO entre 100 e 4000 mg.L-1, em função das matrizes estudadas. Os demais componentes Tipo B contribuíram pouco na estimativa de incerteza combinada dos resultados de DBO. A planilha eletrônica foi validada contemplando as entradas de dados e fórmulas para simplificação dos cálculos envolvidos na estimativa da incerteza.