Avaliação de risco ecológico da Lagoa de Jacarepaguá – RJ: presença de aditivos plásticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sousa, Juliana Schroeder Damico de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18961
Resumo: A Lagoa de Jacarepaguá vem sofrendo com o lançamento de efluentes e com o descarte irregular de resíduos sólidos, devido ao crescimento urbano acelerado ao seu redor, sem a presença de infraestrutura adequada de saneamento básico. Tanto os efluentes como os resíduos liberam na lagoa micropoluentes, que atuam como desreguladores endócrinos, além de aumentar a carga orgânica e a concentração de nutrientes. O objetivo desse trabalho foi desenvolver uma Avaliação de Risco Ecológico (ARE) a partir de quatro linhas de evidência (LoE): Qualidade da Água (QA), que avaliou parâmetros físico-químicos da lagoa; Química (Quim), que avaliou a concentração de aditivos plásticos nas amostras de água; Ecotoxicológica (Ecotox), que avaliou os efeitos tóxicos das amostras ambientais nos organismos-teste; e Ecológica (Eco), que avaliou parâmetros de riqueza, abundância e equitabilidade da comunidade fitoplanctônica da lagoa. Foram realizadas seis campanhas de coleta entre 2019 e 2020 em cinco pontos da Lagoa de Jacarepaguá e em um ponto no Açude do Camorim, usado como área de referência. O risco ambiental foi calculado a partir da integração dos riscos obtidos nas quatro linhas de evidência avaliadas. Os pontos da lagoa apresentaram risco alto (0,5-0,75) a muito alto (0,75-1,0) para LoE QA, LoE Quim e LoE Eco. A maioria dos pontos da lagoa apresentou risco alto (0,5-0,75) a muito alto (0,75-1,0) para LoE Ecotox. Na integração do risco das LoE, todos os pontos foram considerados de risco alto (0,5-0,75) a muito alto (0,75-1,0), a partir da média total dos valores integrados de risco, para cada ponto amostrado na lagoa. Portanto, conclui-se por meio desses resultados que a lagoa é um ecossistema eutrofizado em estágio avançado, devido ao lançamento de efluentes não tratados ou parcialmente tratados nos rios afluentes e ao descarte irregular de resíduos sólidos. Espera-se que os dados gerados possam ser usados futuramente em tomadas de decisão para eliminação das fontes poluidoras e para recuperação da Lagoa de Jacarepaguá.