Atividade antioxidante do extrato do caroço do açaí: aspectos moleculares em células endoteliais humanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Soares, Elaine dos Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7329
Resumo: O descarte do caroço do açaí (Euterpe oleracea Mart.) representa grande impacto ambiental. Com isso, o desenvolvimento de subprodutos que viabilizem sua utilização é de grande interesse. O extrato hidroalcoólico do caroço do açaí (ASE) tem sido evidenciado como um possível extrato de planta medicinal com propriedades farmacológicas úteis para o uso terapêutico no tratamento de doenças cardiometabólicas. O endotélio é um importante componente na gênese de diversas doenças vasculares, sendo a disfunção endotelial o evento inicial de desenvolvimento da doença aterosclerótica. Ainda não há conhecimento cientifico suficiente em relação à atividade antioxidante, ao teor e ao perfil dos compostos fenólicos, bem como os aspectos moleculares envolvidos na atividade biológica do ASE em células endoteliais humanas, sendo estes os objetivos do presente estudo. Células endoteliais do cordão umbilical humano (HUVEC) foram utilizadas na presença de um insulto oxidativo induzido pelo peróxido de hidrogênio (H2O2) em concomitância ou não com o ASE. A atividade antioxidante do extrato foi avaliada por folin-ciocalteu, ferric reducing ability power (FRAP), trolox equivalent antioxidant capacity (TEAC) e oxygen radical absorbance capacity (ORAC) e a quantificação, bem como o perfil de compostos fenólicos foram avaliados através de cromatografia líquido de alta eficiência (CLAE). Foram realizadas as análises de geração de espécies reativas de oxigênio e de carbonilação de proteína, além de atividade de enzimas antioxidante, potencial migratório das células e expressão de proteínas envolvidas na via do fator de transcrição Nrf2. Os desfechos demonstram que o ASE possui elevada capacidade antioxidante quando comparado a outros extratos. Foram quantificados sete compostos fenólicos oriundos da classe dos ácidos fenólicos, sendo eles o ácido siríngico (4,0 mg/100 g de extrato seco), o ácido 2-hidroxicinâmico (9,9 mg/100 g de extrato seco), o ácido gálico (19,0 mg /100 g de extrato seco), o ácido 3,4-dihidroxibenzóico (22,6 mg/100 g de extrato seco), o ácido benzóico (26,7 mg/100 g de extrato seco), o ácido 3,4-dihidroxifenilacético (65,7 mg/100 g de extrato seco) e o ácido 4-hidroxifenilacético (93,7 mg/100 g de extrato seco). As células que foram expostas ao H2O2 apresentaram menor potencial migratório, maior geração de EROs e aumento a carbonilação de proteínas, sendo o tratamento e o pré-tratamento com o ASE capaz de atenuar estes parâmetros. Observou-se uma tendência a maior expressão de Nrf2, nos grupos tratados com o ASE e redução desta expressão quando tratados com H2O2. Assim o ASE, que é rico em compostos fenólicos, foi capaz de reverter o quadro de estresse oxidativo induzido por H2O2 e há uma tendência que este efeito seja atribuído a modulação positiva da via de sinalização do Nrf2 em células endoteliais humanas