Crise do emprego no Brasil e a inclusão produtiva na Política Nacional de Assistência Social: análise da produção acadêmica do Serviço Social de 2011 a 2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Figueira, Marcia Sanches Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20457
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar a inclusão produtiva, no âmbito da Política de Assistência Social, como estratégia à crise do emprego no Brasil, a partir da produção acadêmica do Serviço Social nos anos de 2011 a 2014, tendo como base a metodologia Estado da Arte. Na produção do Serviço Social brasileiro, certificamos que a inclusão produtiva, através de seus integrantes, ou seja, do empreendedorismo, da economia solidária e dos cursos de qualificação, a partir de uma ideologia política e econômica se personificou de capacidade em resolver a falta de emprego e, assim sendo, se firmou capaz de suprir à sobrevivência do trabalhador. Contudo, apresentamos que, efetivamente, esta estratégia não é suficiente para responder à crise do emprego no Brasil no recorte desta pesquisa. O argumento ideológico e político, de que há outros caminhos, efetivos, para o fenômeno do desemprego, vem se ratificando nos últimos anos no Brasil, como certificamos através do Programa Fome Zero e do Plano Brasil Sem Miséria. Abordamos aspectos sobre os direcionamentos colocados, a partir do desenvolvimento do capital, com incisiva interferência dos interesses políticos, empresariais e dos grandes organismos internacionais que imputaram à classe trabalhadora vários prejuízos em sua organização, a ausência de postos de trabalhos e uma série de circunstâncias que se firmaram a partir da reestruturação produtiva de 1970, acirrada, em 1990, no Brasil. Apontamos alguns elementos sobre o mercado de trabalho brasileiro que se mostrou relevante à compreensão do discurso ideológico, firmado no Brasil, de que todo o trabalhador é responsável em se integrar ao mercado de trabalho e em se manter empregado, com o afastamento e, até mesmo, a ausência do Estado. A Política de Assistência Social sofreu influências peculiares, desde a Constituição Federal do Brasil de 1988 e da Lei Orgânica de Assistência Social, de 1993, com a determinação de se tornar responsável pela integração ao mercado de trabalho de seus usuários. Assim, apresentamos alguns aspectos sobre a funcionalidade das políticas sociais e, em especial, no âmbito da Assistência Social que, ao direcionar a classe trabalhadora para a inclusão produtiva, através do empreendedorismo, da economia solidária e dos cursos de qualificação, na realidade, coopera para a adesão dos trabalhadores diminuindo, assim, os conflitos instalados e, sobretudo, o aprofundamento da exploração da mão de obra. Por isso, atentamos sobre o papel dos/das assistentes sociais, para que considerem as políticas sociais de forma crítica, apresentando aos usuários das mesmas, a reflexão que propicie o esclarecimento de que, a inclusão produtiva pode sobrepujar o fenômeno do desemprego, acomoda a população desempregada, bem como, à estagnação dos trabalhadores que sofrem a ameaça do desemprego cotidianamente.