Evolução temporal da qualidade ambiental na Baía de Sepetiba
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20723 |
Resumo: | A Baía de Sepetiba é um grande corpo litorâneo, elipsoidal e uma das grandes baías localizadas no Rio de Janeiro. A região vem sofrendo nos últimos anos por um processo de urbanização e com o aumento da atividade industrial. Ambos estes processos influenciaram a qualidade ambiental deste ecossistema, contribuindo para o processo de eutrofização e contaminação por metais e outros poluentes. Este trabalho tem o objetivo de estudar o processo de contaminação por metais ocorrido na região através de oito testemunhos (SP1- SP8) e comparar suas concentrações com diversas regiões costeiras ao redor do mundo, além de inferir o estado de qualidade ambiental na região do testemunho SP5 ao longo dos 100 últimos anos, aproximadamente. Para o estudo de contaminação por metais, foram realizadas análises granulométricas e geoquímicas como: Carbono orgânico total e concentrações elementares. Além disso, foram determinados índices como: Fator de Enriquecimento (EF) Índice de Risco Ecológico (RI), Índice de Geoacumulação (Igeo) e Índice de Risco Ecológico Potencial (PERI). A partir dos resultados obtidos foi possível observar que há uma tendencia crescente de concentrações de elementos potencialmente tóxicos (PTEs), da base para o topo em grande parte dos testemunhos estudados (SP3, SP5, SP7 e SP8) a qual está relacionado ao crescimento industrial da região e a fontes antrópicas. Apesar da Companhia Ingá Mercantil ser apontada como um dos Potes principais contaminantes de Cd e Zn na região, a distribuição dos resultados de EF e PERI sugerem que há regiões distantes desta fonte poluidora que se encontram mais enriquecidas e apresentam maior risco ecológico potencial que alguns locais mais próximos, contrariando as expectativas. Tal facto poderá estar relacionado à hidrodinâmica da região a qual favorece a concentração de metais em algumas zonas. Para o estudo da qualidade ambiental da região do testemunho SP5, foram realizadas análises granulométricas, mineralógicas, geoquímicas, micropaleontológicas e datação por Pb210 e Cs137. Com os dados analisados, foi possível inferir que a área deste testemunho se encontra moderada a fortemente poluída por metais como é o caso do Cd, Zn e Sn. Essa contaminação ocorreu principalmente a partir dos anos 1970, entretanto, este não é o único fator modificador da qualidade ambiental. A região vem sofrendo por processos de eutrofização os quais vêm afetando o estabelecimento de assembleias diversificadas de foraminíferos, ocorrendo o predomínio de espécimes oportunistas, como é o caso da Ammonia tepida. Os valores da razão de qualidade ecológica (EQS) baseado nas assembleias de foraminíferos bentônicos permitiram inferir que a qualidade ambiental da baía era pobre durante o período de funcionamento da Cia. Ingá e pioraram após o evento de despejo de resíduos em 1996. Porém vem recuperando desde então. |