Efeito de vesículas extracelulares liberadas por células de melanoma MV3 na polarização de macrófagos humanos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22339 |
Resumo: | Para o entendimento dos mecanismos envolvidos no crescimento tumoral é necessária a compreensão detalhada do seu microambiente, formado por diferentes componentes de matriz extracelular, fatores de crescimento, citocinas e diversos tipos celulares. Células do sistema imune presentes no microambiente podem apresentar suas funções modificadas de forma a auxiliar o crescimento tumoral. Nessa direção, a polarização de macrófagos nos fenótipos M1 e M2, bem como suas implicações no microambiente tumoral vem sido amplamente descrita. Evidências também apontam que este microambiente é rico em vesículas extracelulares (VE), produzidas abundantemente pelas células tumorais. As VE não apenas transportam informações moleculares de suas células de origem, mas também são capazes de modular a atividade de células alvo. Já foi demonstrado que VE provenientes de células tumorais são capazes de interagir com diferentes tipos celulares no microambiente e recentemente mostramos que VE derivadas da linhagem tumoral de melanoma humano MV3 são capazes de polarizar neutrófilos para um fenótipo pró-tumoral in vitro. No entanto, seus efeitos sobre macrófagos humanos ainda não foram elucidados. O objetivo deste estudo foi investigar se VE produzidas por uma linhagem de melanoma humano modulariam a atividade de macrófagos, alterando seu fenótipo em direção a um fenótipo semelhante ao M2 (tipo-M2). As VE foram obtidas isoladas a partir do meio secretado (meio condicionado) por células da linhagem celular MV3, posteriormente sendo quantificadas através de microscopia em tempo real (ZetaView®) e marcação para anexina-V por citometria de fluxo. Neste estudo vimos que as VE induziram a quimiotaxia de monócitos de maneira concentração-dependente, a qual é dependente da fosfatidilserina presente na membrana das VE, uma vez que a utilização de anexina-V bloqueadora reverteu este efeito. As VE também foram capazes de aumentar a expressão de CD206, marcador M2, na membrana dos macrófagos, bem como a liberação de IL-10 e TGF-β por estas células. Além disso, os macrófagos estimulados com VE apresentaram maior produção de ROS, porém seus níveis de NO não sofreram alterações. Corroborando o dado anterior, os macrófagos estimulados com VE apresentaram maior atividade de arginase e não demonstraram citotoxicidade contra células MV3 em cocultura. Além disso, após a inoculação intravenosa de VE em camundongos nude, observamos sua biodistribuição para diversos órgãos, como fígado, intestino, rins e pulmões, o que poderia contribuir para a metástase do tumor primário para o pulmão. Nossos dados revelam um possível mecanismo através do qual as VE modulam a atividade de TAM, sugerindo-as como possível alvo terapêutico visando a reversão da polarização de macrófagos e consequente inibição tumoral |